sábado, 29 de outubro de 2011

Gosto de dias assim

Hoje começámos bem o dia, com um passeio pela baixa portuense, cheia de gente e com cheiro a castanhas. Completámos o guarda-roupa de Inverno da Babá, com peças quentes e boas.
De tarde fomos andar de teleférico, éramos sete, e a Babá andou também no canguru virada para a frente e a distribuir sorrisos a toda a gente. Afinal, hoje faz cinco meses.
Hoje foi também o dia da sua primeira maçã. A primeira vez que ingeriu outra coisa que não o meu leite. Foi giro. Uma bandalheira com o puré de maçã, só controlado pela chupeta, para ajudar a engolir. A certa altura, era ela própria que abria a boca, mas depois da colherada fazia uma cara de "what's this?", e pumba, mais chupeta. Ao fim de meia maçã estava farta. Mas acho que foi um bom começo, até fiquei assim como que emocionada. É a minha menina a crescer. Tão depressa, tão depressa.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pesto has been on my mind

Acho que vou pegar em bacon, vou cortá-lo aos cubinhos e fritá-los na sua própria gordura até fazerem "crunch crunch". Depois cozinho um bom risotto, com pesto genovês. E faço uma limonada.
É. Acho que vou fazer isso.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Menu du jour

So far so good.
Ontem à noite ainda defini umas últimas coisas no projecto, o que significa que já posso partir para a finalização-final. Dei banho à pequena que já esfregava os olhitos e deitei-a cedo. Mas nessa altura já estava a panicar. Não sei o que me deu, um stress tamanho, já me estava a passar com tudo e com todos. E foi depois de um xi-coração do meu homem e de um "és uma valente", que enchi o peito de ar e ainda passei meio tabuleiro de roupa. Depois fui relaxar com ele no sofá, e xixi-cama. 
Quanto a esta manhã, reservei-a para levar sacos, caixas e caixotes para a reciclagem, fui à farmácia (finally!), marquei dentista, que o meu dente está a armar-se em parvo e marquei os exames. Também fui à Segurança Social, e com isto saiu-me uma grande preocupação de cima.
E pronto. Agora estou aqui agarrada ao computador, a ouvir o Miles e o Oscar, que são sempre grandes inspirações. A bebé dorme, e enquanto isso vou aviando trabalho. E agora começou a chover. Porreiro. A chuva também me inspira. A sério.
E agora com licença, vou voltar ali às linhas, xlines, offsets e coisas que tais. Ou não, que estou a ouvir um chorinho.
Anyway, gotta go! Toodeloo!

Adenda ao post anterior

A juntar a tudo isto temos a inspecção do carro para fazer A.S.A.P. 
Djisus!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

3 words: To Do List

Hoje começou uma de duas semanas daquelas a doer, e que vão exigir muita logística e organização. Enfim, daquelas semanas como eu gosto, em que passo o tempo a achar que sou uma desgraçada que não tenho tempo nem para me coçar, mas em que no fundo, bem lá no fundo, estou a curtir à brava. A diferença é que já não me apetece e nem posso dar-me ao luxo de fazer tudo à maluca, como há uns meses atrás. Preciso de dormir, preciso de comer, preciso de ter a cabeça no lugar. Se possível começar a fazer alguma coisa pelo físico, porque gostava de chegar ao Natal com espaço para, pelo menos, uma rabanada.
Então, há um projecto para entregar daqui a duas, três semanas. Vou ter que ser mais objectiva quanto a isto, mas neste momento não tenho coragem de dizer  que no dia 4 de Novembro vou estar na câmara a entregá-lo, mas também não me apetece arrastar isto por mais oito dias. Até ao fim do dia chego a um compromisso. And that's a promise. Até porque hoje, precisamente hoje, comecei o projecto de Indesign, para apresentar (voilá) no dia 4! E tenho uma capa de livro para fazer. Escusado será dizer que quero caprichar.
Quanto ao projecto (o de arquitectura), está na sua fase mais trabalhosa, que é como quem diz, na finalização. São desenhos para terminar, cotar, legendar, verificar e imprimir. Redigir documentos, preencher outros tantos, fotocopiar, e agrupar tudo isto cinco vezes. Neste trabalho estão incluídas tantas mini-tarefazinhas, que nem vale a pena enunciar. O que interessa é que nada pode falhar.
Na esfera pessoal, tenho uma ida à farmácia a ser adiada de dia para dia (eu tenho uma certa tendência a adiar estas coisas, como se fosse tão complicado como ir daqui ao Algarve, mas fazer o quê?), uma ida à Segurança Social muito muito muito urgente, pediatra na Sexta, vacinas na próxima Segunda, marcar uns exames para mim, um almoço e uma reunião na quarta, uma pilha enorme! de roupa para passar, roupa de Verão para arrumar, roupa de Inverno para refrescar, e roupinhas quentes para a pequenina que tenho que comprar e-isto-quase-que-dava-um-rap-tasse.
Coisas que eu devia fazer, mas que vão esperar duas (ou três) semanas, são vacinar as gatas, aproveitar que a Penélope está friorenta e passa mais tempo em casa para lhe dar um banho do catatau, ver o que se passa com o meu olho direito que ainda não melhorou, organizar o quarto da bebé (já tenho as cortinas e o tapete deve chegar entretanto), fazer umas correcções no meu vídeo de casamento, começar a paginar o álbum (um ano e oito meses depois ainda está dentro do prazo, não?), e comprar uma ou duas peças de roupa, porque a de pré-gravidez ainda não me serve e a de gravidez está grande e dar um jeito a este cabelo (o tal) e ir ao dentista.
De modos que é isto. Agora juntem isto tudo a tratar da B. e digam-me se não é de loucos. Isto de ser freelancer e de ter a gestão do horário por minha conta é muito bonito, que é, mas também é lixadinho da vida. 
Entretanto o meu "Trilogia de Nova Iorque" continua intocado na mesa-de-cabeceira. O computador, permanece cheio e desorganizado. Tenho 2425 e-mails por ver. Olha, 2426! Ando há três semanas para ir visitar os meus avós maternos. E gostava de ir ao Restaurante Week. Ou pelo menos cozinhar qualquer coisa com pesto, cá em casa. Mas é mesmo assim. Haja saúde, diz muita gente. E digo eu. Haja saúde. E uma agendazita, ou duas para não esquecer nada. E a agenda do Google. E post-its. Mas sobretudo saúde.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Chico-espertice

Gosto muito de conduzir, mas sempre que posso deslocar-me de transportes públicos, faço-o. Porque é mais ecológico, porque é mais barato e porque dá para apreciar os percursos de uma forma que, indo ao volante, é praticamente impossível. 
Por acaso, à porta de casa tenho duas alternativas, hoje decidi viajar de autocarro, mas não tinha viagens pré-compradas, por isso:
Eu: Um bilhete, por favor.
Motorista chico-esperto: 1,75 €
Eu: (pensei) %&$&$!!! (depois disse) Onde posso comprar viagens pré-compradas?
Motorista chico-esperto: Onde pode comprar viagens pré-compradas? (Olha, e ouves bem!)
Eu: Sim. Onde?
Motorista chico-esperto: Nos quiosques, em qualquer quiosque compra um, sabe aqueles quiosques? Mas tem que ter Payshop. Sabe o que é Payshop?  
Eu: Obrigada. 
(Ai mãe...)

C de Columbina (friorenta)


Uma das coisas que mais gostava quando andava no ballet, era do espectáculo de fim de ano. Durante uns meses era um frenesim de músicas, coreografias, adereços, fatos e sábados inteiros passados em ensaios. Na semana do espectáculo os ensaios eram já no teatro e normalmente andava toda a gente nervosa e receosa que alguma coisa corresse mal. Basicamente, o objectivo deste evento era mostrar as nossas proezas aos pais, mas era giro ver que das mais pequeninas às mais velhas havia um enorme sentido de responsabilidade e todas queriam dar o seu melhor. Estávamos em cena um ou dois dias e era absolutamente fabuloso. Antes do espectáculo, eram umas a aquecer no chão dos corredores, outras num canto a rever os passos, outras na maquilhagem. Eram ganchos, meias e  tutus por todo o lado, eram os "ALGUÉM ME COSE AS FITAS, PLEAAAASE?", de última hora. E era uma alegria.
Nesta fotografia que alguém me tirou no camarim, preparava-me para entrar no bailado "Columbinas e Arlequins". Estava com muito frio e foi um sacrifício tirar o blusão. Ah, e duas horas antes tínhamos ido jantar uma francesinha, era uma espécie de tradição maluca nossa (das alunas grandes) e era absolutamente secreto.
Mas corria tudo bem, nunca ninguém teve uma paragem de digestão e no final todos aplaudiam, as professoras ficavam cheias de orgulho, entregavam-nos os diplomas do exame e uma rosa, faziam um pequeno discurso e assim terminava o ano, para, dois meses depois, nos revermos mais velhas, mais altas, umas mais gordas, outras mais magras, outras na mesma, mas todas com vontade de mais um ano, de mais passos, de mais ballet.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amo-te

Esta noite a Bárbara acordou às 4 da manhã. Sem fome, sem nenhuma exigência em particular. Mas palrava e palrava e eu resolvi lutar contra o sono e fui espreitá-la. Estava atravessada na cama, com os pés levantados e apoiados na beirinha, sem uma meia, e a morder o lençol. Tinha o pé gelado, e o lençol e a meia que tirou estavam todos babados. Mal me viu rasgou um sorriso tamanho, que tive que pegar nela e enchê-la de beijos. Levei-a para outro quarto, dei-lhe de mamar, e quando ficou satisfeita fez um jeitinho mesmo amoroso com os lábios, e depois fez-me caretas daquelas com bolhinhas de cuspe. Arqueou-se toda, olhou pela janela durante um ou dois minutos e depois, virou-se de novo para mim, riu-se e esfregou os olhos. Dei-lhe mais dois beijos bem dados naquelas bochechas de veludo, mudei-lhe a fralda, calcei-lhe meias secas e voltei a deitá-la. Olhou para mim, sorriu ainda outra vez, beijei-a outra vez (porque cada sorriso é um beijo) e abraçou-se ao coelhinho. Adormecemos as duas, cada uma em sua cama, ela sem chupeta, e eu com o pensamento de que não trocava isto por nada, mas mesmo nada deste mundo.

Why thank you!


Recebi este selo da Ana Maldivas, suponho que faça parte de uma espécie de jogo inter-blogues. O desafio consiste em dizer sete coisas sobre a minha pessoa e depois atribuir este selo a quinze outros blogues. Ora, eu não conheço quinze blogues a quem possa enviá-lo, mas vou tentar puxar pela cabeça. Assim como para escolher sete factos minimamente interessantes sobre mim. Mas cá vai.

Um. Adoro cozinhar. Massas, sobretudo. Mas não daquelas com duzentas e trinta ingredientes, tudo à mistura, nada disso. Massas com pinta. E com nomes compridos.
Dois. Sou complicada nas compras. Se for de propósito comprar, vá, um vestido, acontece-me vir embora de mãos vazias. Mas se for só ver montras, sou menina para vir carregada de sacos.
Três. Na primária andei num colégio de freiras. Quando fui para o ciclo, no primeiro dia de aulas, ouvi um "foda-se" e vi dois namorados a dar um beijo de língua. Fui para casa em estado de choque.
Quatro. Planeei o meu casamento em quatro meses e demorei quatro meses para engravidar da minha filha.
Cinco. Tenho uma relação amor-ódio com aviões. Adoro vê-los, mas detesto andar neles.
Seis. No mesmo dia fiz uma cena por ter que atravessar um bocado de mato. Cinco minutos depois subi o arco da ponte da Arrábida. Pesquisas da faculdade, don't ask.
Sete. Quando era pequena, queria ser filha única. Cheguei a propor aos meus pais que vendessem ou dessem os meus irmãos. Hoje em dia são das pessoas mais preciosas da minha vida.

Então, as felizes contempladas com o selo, são a Tânia, a Jei, a Magda, a Mabel Baby, e a Ana (back at you).

domingo, 16 de outubro de 2011

PDI

Hoje de manhã eu e a Little B. acordámos cedo, mas o pai continuou a dormir. Tomei um pequeno-almoço daqueles como eu gosto, não há cá croissants e sumos de laranja que me consolem, eu quero é um leite com café e um pão (ou dois, shhhh), com manteiga, daquela mesmo manteiga. Só assim já começo o dia feliz, sentada à mesa, de pijama, a ver televisão, a dar conversa à pequena, ainda com voz de cama, a comer lentamente.
A seguir, quis tomar um banho. Mas não queria acordar o marido, e então, decidi levar a pequena comigo. Ela estava deitada na espreguiçadeira, e eu agarrei nas fitas que servem para transportar e toca a içar. Eu, que não mexo um músculo há meses. Eu, que tenho a mania. Resultado, dei cabo das costas, dói-me a rodar, a respirar, a curvar, dói-me a fazer movimentos dos quais, num dia normal, nem tenho consciência.
E foi assim o meu Domingo, com ais e uis. Depois de jantar tenho planos de aquecer uma botija de água para ver se os músculos relaxam. E depois levar uma massagem com Voltaren. A ver se amanhã dá para fazer alguma coisa, tipo, mudar a fralda à Bárbara, ou pegar na Bárbara, ou dar banho à Bárbara (desta última duvido seriamente).
Isto já não é o que era. Está uma pessoa a querer ser activa e quase que fica acamada. Não é justo, pá.
Não é.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Há dias assim

Eu hoje deitava-me e dormia. Só.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Q de qua-quarto

Não sou daquelas mães super organizadas, previdentes e destemidas que têm o quarto de bebé pronto e impecável ainda antes do nascimento. Esforço-me muito, mas mesmo muito para conseguir manter as coisas da bebé minimamente arrumadas, produtos de higiene arrumados, fraldas à mão, roupa nas gavetas, meias com meias, camisolas com camisolas, interiores, pijamas e por aí fora. Mas o quarto ainda não está pronto. Por um lado, porque ela ainda dorme no nosso quarto e vai continuar, pelo menos até aos seis meses. E depois, porque ainda não consegui mandar fazer as cortinas, só agora me decidi pelo tapete, e não sei ainda qual o sistema de organização que quero para os brinquedos. Como estamos numa casa que não é a nossa, não vou poder ainda pôr em prática algumas ideias. Uma delas é forrar uma parede com papel, um papel girly girly, divertido e que perdure. A outra, é considerada por muitos uma loucura. Eu quero uma parede para a Bárbara poder riscar, pintar, esborratar, enfim, dar largas à sua criatividade.
Por enquanto, e porque ela é ainda muito pequenina, vamos ficar-nos por um ambiente tranquilizador, mas que ao mesmo tempo aguente uma daquelas desarrumações valentes, com brinquedos espalhados por tudo quanto é lado. Um professor meu da faculdade, dizia muitas vezes que as revistas de arquitectura deveriam mostrar os projectos construídos já depois de estarem a ser utilizados. É que era bem diferente ver uma casa apenas mobilada e decorada, e ver a mesma casa com a mesa por levantar e com as meias no chão. E aí é que se vê se é boa arquitectura. Talvez um bocado radical, mas é assim que vou testar as minhas ideias para o quarto da pequena. E se os fantoches, os puzzles e os lápis de cor espalhados ficarem mal na fotografia, toca a redecorar. Quero que este quarto seja um lugar de segurança, de imaginação, de diversão. E se não estiver sempre impecavelmente arrumado, paciência. A miúda também tem que sair a mim em alguma coisa, não acham?

domingo, 9 de outubro de 2011

B de ballet


A minha mãe inscreveu-me no ballet quando eu tinha 5 anos. Fiz testes para entrar, tive aulas com uma professora que tem o mesmo nome da minha filha. Fazíamos fila à porta e ela chamava-nos pelo nome, entrávamos nas pontas dos pés a agarrar na beirinha da saia, que era azul. Foi a primeira vez que ouvi um piano ao vivo. Fiquei mesmo apaixonada pela dança. 
No ano seguinte, no Verão, fomos passar uns meses com o meu pai que estava em Luanda, e colocou-se a hipótese de ficarmos lá a viver por uns tempos. Como fomos em Junho, não fiz exame no fim do ano, e saí da escola de ballet.

Fui para Angola com o ballet na cabeça e com as sabrinas na mala. Na altura o meu pai tinha uma cassete de Ravel, com o Bolero no lado A, que a minha mãe lhe tinha enviado. Eu calçava as sabrinas e dançava, improvisava e praticava os pliés e outros passos que tinha aprendido. No fim do Verão voltámos para Portugal e eu trouxe a cassete comigo, as sabrinas que já estavam a deixar de me servir, e dançava no meu quarto.
Depois fui para a natação, para a ginástica, para o basquetebol, mas o ballet nunca mais me saiu da cabeça.

Aos 13 anos voltei, fui integrada numa classe e mesmo antes de fazer o exame tive apendicite aguda. Nem sequer participei na festa de fim de ano porque tive que ficar parada durante 3 meses. Nos anos seguintes não tive horário para continuar e parei de novo. Voltei para a ginástica e avancei no piano. Mas o ballet nunca me saiu da cabeça.

Aos 18 anos falei com um amigo meu que dançava e ele, que era aluno da minha mãe, meteu-lhe um papelinho do bolso a dizer que eu queria voltar a dançar e com o contacto de uma professora de ballet. A minha mãe deu-mo, eu liguei e fui à escola. A professora não depositou muita fé em mim, mas deixou-me tentar durante 3 semanas, eu fiquei de novo rendida ao cheiro da sala, inconfundível e sereno, à música, ao chão de linóleo debaixo dos pés. Convenci-a, e inscrevi-me no grau 6, com miúdas cinco anos mais novas. Inscrevi-me no exame e trabalhei muito, ia para a sala de ballet de manhã cedo dançar, antes das aulas, e sempre que a sala estivesse vazia. Fiz exame com a examinadora que veio de Londres, a Miss Flower, e passei, à rasca, mas passei. Dancei até terminar a faculdade, fiz mais dois exames com boas notas, mas quando começar a estagiar fiquei de novo sem tempo.

Mas já tinha saciado a minha fome e satisfeito a minha curiosidade. Dancei muito e fui feliz. E se gostava de ter continuado? Muito. 
É que, como dizia a avó do Billy Eliot, "I could have been a professional dancer! You know?"

sábado, 8 de outubro de 2011

Saturday fever

É mesmo sábado hoje? Seriously? É que eu ainda não parei um segundo. Ok, fui tomar um café à praia. Mas a minha cabeça não parava, e às tantas agarrei num guardanapo e comecei a apontar tudo o que ainda queria fazer hoje. Está a ser mesmo difícil relaxar. Segunda-feira vou reiniciar o curso de Design e estou muito entusiasmada. Primeiro porque adooooooro. Mesmo. E depois porque me sabe bem andar a pé pelo Porto, e como vou de comboio, em vez de apanhar o metro até à Trindade, prefiro subir os Aliados e sorver a cidade. A bebé fica com o pai, ou com a avó até eu chegar pela hora do almoço. 
Novidades. A manta é um sucesso. Dá para estender em cima da cama, no chão, deito-a de barriga para baixo e ela levanta a cabeça, rebola, ri-se, depois eu aproximo-me dela e lá vão cabelos e quase que me arranca o nariz, e só não é à dentada porque não há dentes. Os fantoches andam lá pelo meio, e dá para inventar umas coisas engraçadas, depois o pai junta-se à festa, e sai disparate na certa. Quem quase não se safa é ali a Dona Coelha.Coisas da vida.




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

B de brincar

A minha little B. não pára de crescer, e espertalhaça como está precisa de cada vez mais estímulos quando está a brincar. Já não lhe chegam os penduricalhos da espreguiçadeira, o coelhinho branco tem mais serventia à noite, porque ela gosta de se agarrar a ele para dormir, e o tapete de actividades que tem um espelho e uma roca está sempre a ser conspurcado pelas senhoras gatas cá da casa, que adoram fazer daquilo um lugar para repousar.
Recorri ao simpático Ikea para comprar algumas coisas que eu espero que sirvam para termos umas horas bem passadas. Há que puxar um bocado pela cabeça e tentar ser mais criativa nas brincadeiras em vez de gastar balúrdios em brinquedos xpto, para depois eles preferirem brincar com a caneta e com o porta-chaves.
Vai daí, e em vez de um tapete de actividades, com cores e sons que lá havia e que constatei que afinal tinha só um guincho que saía do nariz dum animal qualquer, comprei esta manta para espalhar brinquedos interactivos e para a piquena se espraiar, rebolar e para eu lhe fazer umas belas de umas cócegas, deitar-me com ela a contar histórias, e por aí fora. Tem uns bonecos muito giros, nada cheesy, as cores são uma delícia, e além disso tem duas faces.



Como ela ainda não tinha um mobile, resolvi comprar-lhe este, achei-o uma ternura. Não tem mariquices nenhumas, mas ela adorou, sobretudo a flor do meio.



Por fim, e porque gosto muito de conversar com ela (e ela comigo), adoro contar-lhe historinhas, algumas sem nexo nenhum, mas who cares?, e ela ri-se imenso com as nossas caretas, responde muito bem, com gritinhos, e outros sons cada vez mais diversificados, trouxe estes fantoches de animais da selva. Dá para ilustrar algumas histórias, inventar tantas outras e é giro ver ela a pegar-me no dedo e tentar comer o tubarão. É cá uma valentona!


Qualquer dia compro-lhe mais um set de fantoches, se sobreviverem uns anos, ela mais tarde vai poder criar as suas próprias fantasias. 
Penso que o importante, mais do que a quantidade ou qualidade dos brinquedos, é ter disponibilidade para as nossas crianças. Muitas vezes temos que dividir o tempo entre mil e uma coisas, mas acho que se o tempo que passarmos com elas for de qualidade, de certeza que vão crescer felizes.
E é tão bom voltar a brincar. E se for para levar com uma dúzia de sorrisos "daqueles", ainda vale mais a pena.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Balanço

Hoje estou assim, pronto, numa de esmiuçar o dia. Deve ser da falta de horas de sono. E já agora, aproveito para me sentar um bocadinho. Então lá fui à minha consulta, que foi de oftalmologia. Já não ia há séculos, mas de há uns dias para cá doem-me os olhos. Sim, doem. E no fim-de-semana apareceu uma vermelhidão naquele canal em baixo, onde costumo desenhar o meu risquinho preto. Segundo a médica, é do esforço e cansaço e bla bla bla, glândulas entupidas e uns mini quistos a aparecer, bla bla bla, pomada e gotas durante oito dias. Cheguei a casa e, como tinha a bebé a dormir, toca a desenhar. Entretanto ela acordou, e com ela ao colo, lá arrumei umas roupas e umas coisas que andavam para aí espalhadas. Mas as minhas costas não aguentaram muito, e deitei-a na espreguiçadeira. O sossego durou dois minutos. Qual elefante azul, qual quê. Colo, colinho. Como ela está doente, lá se facilita. Mas tenho para mim que estou tramadinha da vida. Não me interpretem mal, adoro dar colo à minha criança, mas seis quilos já são quilos. 
A reunião que tenho estado a preparar foi adiada para segunda-feira, e apesar de ter todo o interesse em resolver este assunto, deu-me um jeitaço, porque assim em vez de andar a mil à hora, só preciso de andar a novecentos e trinta e cinco. Portanto, correndo tudo bem, e depois de deitar a princesa, esperam-me mais uns tracinhos para adiantar o projecto que tenho em mãos, quiçá engomar duas ou três peças de roupa e depois fechar o tasco, abraçadinha ao meu homem, a devorar um episódio do Masterchef Australia e, se já não tiver aterrado, um da Gossip Girl. Ficam algumas coisas feitas... e muitas outras por fazer. Mas até a Scarlett dizia "tomorrow is another day". E quem sou eu para contrariar.

Update

Telefonemas, check. Declarações, check. E uma das consultas, para hoje às 17h00m. Por um lado, maravilha. Por outro... estou feitaaaa! Stay tuned.

Zzzzzzzzz

Tenho a pimpolha doente, e uma reunião a ser adiada e mais do que adiada. Mas, nada a fazer. Ela precisa de mim. Ainda estou para perceber como vou gerir este meu duplo papel. Mãe e trabalhadora. Se antes dela nascer os dias já eram curtos, agora nem se fala. Hoje acordei de uma noite mesmo muito mal dormida (ela estava com muita tosse e só sossegou na nossa cama, eu sei, eu sei, há sempre o risco de a habituar mal, mas ela acalmou e dormiu, e é isso que interessa). 
Anyway, só tive tempo de tomar o pequeno-almoço. Ela acordou bem disposta, levou logo com umas gotas de soro no nariz e uma bela de uma aspiração nasal, para poder mamar. Mamou, troca de fralda e nebulização em cima. Vesti-a, fiz as camas e deixei-a na espreguiçadeira a entreter-se. E tau!, chegou a hora do almoço.
Ainda tenho as fraldas dela para guardar, outras tantas para pôr a lavar, declarações de IRS para imprimir, uma carta para redigir, três consultas para marcar, mais um telefonema para saber de um processo, compras para fazer, um projecto para adiantar, uma reunião para preparar. Isto, é só o mais urgente, ok? Já me deixei de fantasias. Pelo meio temos a little B. para tratar, alimentar, entreter. E eu por mim só fazia isto. Que é a melhor coisa que pode haver. Estar sempre a olhar para aquela cara linda. E dormir uma soneca também não era mau. É que esta noite quase não preguei olho. Eu sei que já disse isto. Mas estou tão cansada. Até tremo por dentro, de tanto que preciso de me encostar. E ainda faltam tantas, mesmo muitas horas para ir dormir.

sábado, 1 de outubro de 2011