terça-feira, 30 de agosto de 2011

All you need is love


Uma das coisas mais fantásticas de ser mãe, é que todos os dias há uma coisa nova. 
Quando a Babá nasceu, abriu logo um olhão grande, e no segundo dia sorriu. Eu nem podia acreditar. E mesmo sabendo que não era para ninguém aquele sorriso, que era apenas um reflexo, foi um momento enternecedor. A partir daí ela sorriu sempre, sorria a dormir, sorria a mamar, sorria porque sorria. Até ao dia em que sorriu directamente para mim, para o pai, depois para os avós, tios, e agora sorri basicamente para toda a gente que a mime.
É uma criança tranquila. Serena. Atrevo-me a dizer que é feliz.
Se chora? Chora. Quanto tem fome, ninguém a cala. Às vezes ela avisa antes, com uns pequenos esgares entre os tais sorrisos, como quem diz "não te abispes não, que eu armo já o barraco", outras vezes é uma espécie de tempestade de granizo, aparece de repente, ninguém sabe de onde veio.
Quando chega a hora de dormir é a mesma coisa. E nisto, ela parece um relógio. Sempre à mesma hora, e se não estiver já deitada, dá sinal, e só se cala quando a deitamos na alcofa e a aconchegamos. Nesta altura ela já adormece sozinha, coisa que me deixa cheia de orgulho. Isso e o facto de ela já dormir oito horas seguidas. Claro que, deitando-se às nove e meia ou dez horas, está acordada às seis. Mas depois de mamar ainda dorme mais umas horas. Ela e eu!
Acorda a fazer pequenos sons, risinhos e gritinhos fabulosos, cheia de energia, e é assim que passa o dia. 
Entretém-se muito em frente à televisão, muito atenta aos sons, às cores, às vozes, entre sestas e "conversinhas" com as pessoas cá de casa.
E todos os dias desenvolvemos as nossas rotinas, fortalecemos a nossa relação, aumentamos a nossa cumplicidade, reafirmamos o nosso amor. É que entre mãe e filha há muita magia. Dou-lhe beijinhos repenicados no pescoço e ela dá-me o maior dos sorrisos. Dou-lhe beijinhos nos pés e ela solta uma pequenina gargalhada. Eu não podia pedir mais. Tenho uma filha encantadora, linda, terna, de bem com a vida, e feliz. Atrevo-me a dizer, muito feliz.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

10 músicas que me fazem sentir que está tudo bem com o mundo

Lembram-se disto? Então cá vai a versão positiva.

MGMT - The Youth
Jamiroquai - Rock dust light star
Empire of the Sun - Walking on a dream
Alicia Keys - Empire state of mind
Tom Jobim - Água de beber
Au Revoir Simone - The lucky one
The Shins - Those to come
Passion Pit - To kingdom come
Kimya Dawson - Loose lips (da banda sonora de Juno)
Cinematic Orchestra - To build a home

Acho que vou continuar esta coisa das 10 músicas. É giro.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Corte de cabelo

As minhas idas ao cabeleireiro resumem-se a três ou quatro por ano. Por um lado, é um bocadinho de desleixo, acho que espero sempre até o cabelo ficar mesmo sem corte para ir tratar da situação. Por outro, evito fazer coisas que exijam muita manutenção, porque a minha carteira não permite. E por outro sou muito esquisita. E muito, é favor. Na adolescência, vinha a chorar para casa depois de um corte mais mal feito. E quando digo mal feito, é porque não superava as minhas expectativas. 
Também nunca ia ao mesmo sítio, mas isso mudou quando andava na faculdade. Fui a um cabeleireiro perto de casa, indicado pela minha mãe e gostei. Mas gostei mesmo. Quando me mostravam o penteado todo com aquele espelho de rectaguarda, o meu sorriso era de orelha a orelha. Finalmente vinha embora feliz. O senão é que era caro. Mas compensava o bem estar. E é por isso que vou poucas vezes. Poucas, mas boas.
Até sábado passado. Eu estava com o cabelo muito mauzito e decidi cortar. Mas a senhora que me costuma cortar, estava de férias e eu pensei que sairia igualmente contente se fosse a dona do cabeleireiro a fazer as honras.
Big mistake. O resultado não podia ser pior. Não podia ter ficado mais feio, mais ao contrário do que eu queria. Não me favorece nada, e nem sei o que faça, a não ser espetar-lhe com ganchos e elásticos até crescer o suficiente para lhe dar novo corte. 
É daquelas situações em que mais valia ter estado quietinha. E detesto sentir-me assim. Supostamente vamos a estes sítios para nos sentirmos melhor, não para ficar a contar os dias até ao próximo corte.
Não vim para casa a chorar, coisa que se deve a ter coisas bem mais importantes em que pensar. Ah, e evitar olhar para o espelho também ajuda.

sábado, 6 de agosto de 2011

A minha balança é uma bitch

Então é assim: preciso de emagrecer uns dez quilos. 
As dietas pós-parto estão proibidas enquanto amamentar. O exercício intenso, também. 
Só que não me imagino neste modo de elefantazinha por muito mais tempo. Já perdi metade do peso que ganhei, mas agora a palerma da balança não tem sido nada gentil comigo. Sempre a mostrar-me o mesmo número. Volta e meia lá tento vestir uma blusa do Verão passado, mas nem me passa do peito. As calças ainda são as de grávida. Dos fatos de banho nem falo. 
E eu que detesto dietas, só de pensar fico com fome. E triste. Mas também não gosto de me ver assim. Já sei que tenho que ter paciência, porque a recuperação é demorada e bla bla bla, mas não tenho. Quero o meu corpinho de antes e deixar de me sentir uma pequena lontra. 
Pode ser? Pode, pode?