quarta-feira, 30 de julho de 2014

[manhãs perfeitas]







A minha máquina fotográfica é velhinha e foi a primeira coisa que comprei com o dinheiro do primeiro projecto que fiz. Sinto que já não me satisfaz, talvez por ver fotos tão boas publicadas, mais ou menos amadoras, com uma dimensão e qualidade incríveis. Também por culpa do iphone que está sempre à mão, inibo-me de a usar. Hoje precisava de sentir este gosto, o do clique. Momentos como este também são dignos de registo porque são autênticos e espontâneos. A luz do quarto estava linda, elas muito descontraídas [quase sempre] e eu com muita vontade de nunca esquecer manhãs assim.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Elas



"Gosto de ti até à LUA. - disse ela e fechou os olhos. 
- Ora se isso é longe -  disse a Grande Lebre Castanha - É mesmo, mesmo longe."

terça-feira, 8 de julho de 2014

o melhor do meu dia

Hoje foi um daqueles dias. A Bárbara a convalescer de (mais) uma virose, a Teresa a fazer umas sestas curtinhas curtinhas. Eu a tentar fazer sopa, e a trabalhar alguma coisa, e a arrumar e a brincar ao mesmo tempo com uma e com outra e com uma e com outra. De tarde, e para poder concentrar-me no trabalho por algumas horas, resolvi deixar as pequenas com os avós. São cinco minutos os que separam as duas casas e não mais do que dois quilómetros, mas ao sair de uma rotunda, um carro com uma condutora distraída entrou na mesma faixa que eu, e acabámos por chocar. À Teresinha, que ia do lado do embate, não aconteceu nada, aliás, o carro ficou apenas com uns arranhões. Mas perante a postura agressiva e desconfiada da mulher, que depois chamou o marido, que também se comportou de forma agressiva e desconfiada, e vendo que não ia conseguir resolver a situação com uma participação amigável, resolvi chamar a polícia. Foi o melhor que fiz. Também me trataram por tu e por "colega", até fiquei arrepiada, juro. A certa altura deixei mesmo de lhes responder, de tentar argumentar, de dizer o que quer que fosse e só voltei a falar com os agentes. Desagradável e desgastante. 
A noite não foi menos animada. A Bárbara "só" demorou duas horas e meia a adormecer, depois de passar o dia a desobedecer e a desafiar. Está naquela fase em que seduz para ver se a coisa passa sem castigo ou sem reprimenda. Esta toddlerice já acalmava, que eu quero ver os frutos da educação que lhe damos. 
Hoje foi um dia difícil que se sucedeu a uma noite muito cortada. Mas quis fazer este exercício, o de encontrar os pontos altos, isso repele um pouco as más energias. Diria que o melhor do meu dia foi a Bárbara ter comido a sopa toda ao almoço. A maneira como a Teresinha me agarrou a cara e sorriu quando acordou da sesta. Os sorrisos delas. Os olhos delas. O café que o meu homem me tirou. Estar à mesa com ele e sentir que estamos no mesmo comprimento de onda. E tomar consciência de como estas pequenas coisas têm toda a importância do mundo, se deixarmos que nos preencham.