quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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Ter que sair e tratar de outros assuntos, afastar-me da "cena do crime", é uma grande ajuda para relativizar aquilo que nos pode parecer um bicho de sete cabeças e que na verdade não passa de uma questão tão resolúvel como outra qualquer. E podemos tratar da nossa vida. Depois, nem sempre há que agir, por vezes devemos pensar primeiro, por vezes dormir sobre o assunto. E sobre isso, nem de propósito encontrei isto num artigo de uma revista, uma história de Gonçalo M. Tavares (sou fã):

"(...)
A importância da almofada
"Quem quiser bom conselho consulte o travesseiro"
Antes de agires, dorme. Antes de falares, dorme.
Antes de protestares, dorme. Antes de gritares, dorme.
Antes de dizeres que não, dorme. Antes de dizeres que sim, dorme. Antes de dizeres talvez, dorme.
Antes de falares muito, dorme. Antes de ficares calado, dorme. 
E assim sucessivamente.
O travesseiro, almofada, dá bons conselhos. Descansar é, então, uma forma de afinar o nosso ouvido interno; ou melhor: uma forma de afinar a voz sensata que fala para o ouvido que ouve com atenção. E tudo isto, voz e ouvido, no mesmo organismo. Dormir é, em suma, a forma activa de preparar uma acção - eis a definição completamente definitiva do senhor J."

Vale a pena ler tudo.
E agora, estou mais tranquila e mais capaz. E o jantar é frango com beringelas. 

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