terça-feira, 15 de outubro de 2013

Eu gostava de viver num mundo civilizado - Parte II

Estava eu no hipermercado a pesar um saco de limões quando me viro para trás, vou contra um cesto de compras e me estatelo no chão. A dona do cesto, uma fulana mal encarada que estava na balança ao lado, além de ter deixado o cesto a mais de 1 metro de onde estava e feito de conta que não era nada com ela, nem desculpa me pediu. Protestei, mas virou-me a cara e quem me ajudou a recompor foi o senhor da balança. A sério, eu ainda há dias falei destas coisas, mas espanto-me sempre. Perguntaram-me "então e nem por estares grávida pediram desculpa?", mas eu não preciso de estar grávida para ter direito a ser respeitada e a receber um pedido de desculpas. Vinha pelo caminho a pensar que esta pessoa deve estar de muito mal com a vida, para justificar a falta de respeito e de cortesia. Ou é simplesmente má? Ou amargurada? Não sei. Mas o que eu sei é que não sou assim e o meu objectivo é educar as minhas filhas para fazerem precisamente o contrário, responsabilizarem-se pelos erros e saberem pedir desculpa. 
Apesar de ter tido algum aparato, não me magoei. Parece que caí em câmara lenta e consegui não cair de barriga. Mas ficou a doer-me a alma. Que mundo este. Eu gostava muito que acabasse a guerra e a violência, mas já ficava contente se visse mais bondade nos corações das pessoas com quem me cruzo todos os dias. É que é exactamente este tipo de comportamento insensível, que eu imagino que tenha por exemplo, a mãe de um assassino em série, um terrorista, violador ou ladrão. E isso dá um medo do caraças.

1 comentário :

  1. Realmente a boa-educação, a gentileza e o respeito pelos outros são valores que estão em desuso ao que parece...

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