domingo, 28 de junho de 2015

[foodlover]

Para mim, cozinhar é partilhar. Não só à mesa, em conversas, e mesmo aqui no blog. Há algum tempo que me apetece falar aqui sobre pratos que gosto de fazer, e sobretudo do que gosto de comer.
Cada vez me faz mais confusão comida processada. E agora com duas crianças, penso muito na qualidade da alimentação. A Bárbara adora ir comigo para a cozinha, ajuda imenso, já identifica muitos alimentos e noto que depois come com mais gosto, apesar de continuar um pisco.
Usar bons ingredientes, fazer receitas simples, mas cheias de sabor, que não sujem muita louça nem demorem muito tempo, parece impossível, mas não é.

Cá em casa adoramos beringela e ultimamente é raro não ter no frigorífico. Costumava usar para rechear ou cortar fatias grossas para servir como base, como se fosse uma bruschetta. Desta vez, baseando-me numa receita que li por aí, cortei-a em fatias finas e longitudinais para fazer uns rolinhos de pesto e mozarela de búfala. Comecei por salpicar com bastante sal e reservei por 30 minutos. Enquanto isso, preparei o pesto genovês: uma mão cheia de manjericão, azeite, sal, 1 dente de alho, amêndoas em vez dos pinhões e parmesão ralado. Tudo isto eu ponho a olho e conforme o meu gosto. Ainda não encontrei o almofariz perfeito, por isso uso a varinha mágica para triturar. O manjericão deixa o aroma mas incrível na minha cozinha e nas minhas mãos. Já em pesto é do outro mundo. Procuro sempre pretextos para fazer pesto, ou numa pizza caseira a complementar ou a substituir o molho de tomate, ou a envolver uma massa. As miúdas adoram. 
Depois de lavar e secar as fatias de beringela, grelhei-as. Barrei cada fatia com o pesto, distribuí a mozarela cortada ou até rasgada com os dedos, enrolei-as e prendi-as com dois palitos a fazer um x. Pus os rolinhos num tabuleiro e levei ao forno por alguns minutos. 
Para acompanhar, uma salada de rúcula selvagem, tomate cereja bem maduro e um tempero de azeite, sal e vinagre balsâmico. Finalizei com parmesão, lasquei-o com a faca e juntei à salada.



Ficou.tão.bom.

[Há bem pouco tempo não imaginava ser possível deixar de ingerir hidratos de carbono ao jantar, aliás, a partir do meio da tarde, e não andar sempre cheia de fome. Mas não ando, muito pelo contrário, sinto-me muito melhor, mais alimentada e nutrida. Somos o que comemos, dizem. E eu acredito plenamente, agora mais do que nunca].

A ouvir Luiz Bonfá.

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