sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Music makes the worl go round

Quando andava na faculdade, fiz bastantes directas. Não, eu não deixava os trabalhos para a última da hora. Mas a carga de trabalhos era tão grande, que era impossível não ficar até à última a terminar desenhos, escrever memórias descritivas, fotografar maquetes (ou acabá-las). Cheguei a passar noites numa loja de cópias, a imprimir desenhos do tamanho de lençóis, no Green Center, na Avenida da Boavista, que estava sempre aberta.
A música tinha um grande papel nestas noites. Era a minha companhia. Graças às directas, e dependendo se o trabalho corria bem ou mal, há músicas que ainda hoje ouço e que me trazem boas memórias, como Jamiroquai, Fiona Apple, Nitin Sawhney e outras que nem posso ouvir, tipo Radiohead.
Lembro-me também, de na véspera das entregas e se escolhesse rádio, de ouvir a música de introdução do programa da RFM, o "Oceano Pacífico" e pensar cá para mim que eu era a maior desgraçada desta vida, porque aquela música era para relaxar, e eu só ia cair na cama, sabia-se lá quando, enquanto toda a gente estava descansadinha no sofá ou a dormir. E só os primeiros acordes já me davam sono.
Depois houve episódios engraçados como uma directa que fiz com uma amiga. Passámos a noite a ouvir já não sei que estação, e havia uma playlist que tocou toda a noite. A certa altura já sabíamos qual era a música que se seguia.
Mais tarde comecei a apreciar bandas sonoras e fiquei completamente viciada na do "Charlie's Angels". Adoro todas as músicas, ainda hoje. Numa directa para a cadeira de Construção, passei a noite a ouvi-la. E ao telefone com os meus colegas, a trocar informações. "Qual é a espessura do betão de limpeza?", ou "Manda-me o pormenor do caixilho, A.S.A.P.!"
Até que, a meio da noite e já em modo robot, sem querer carreguei no "repeat", e estive desde essa hora até à 1 da tarde do outro dia, altura em que o meu colega me arrancou da cadeira para irmos para a faculdade, a ouvir a mesma música. E mesmo recordando aquela noite como uma das mais complicadas de toda a minha vida académica, o esforço compensou e a entrega correu bem, por isso, ouço esta música ainda hoje, com satisfação.
Voilá, a faixa que devo ter ouvido umas 320 vezes seguidas.


Cool, huh?

1 comentário :

  1. Revejo-me completamente neste post. A vida académica tem os seus dissabores :) quanto a música...nada mais acrescentar :p

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