quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bons exemplos

É mesmo isto.
Um exemplo a seguir.

Momento delicious do mês

No outro dia estava a ver um episódio de "Uma família muito moderna", com a minha pequena ao colo, que se entretinha com o comando da televisão, até que desatei a rir-me às gargalhadas numa cena em que o "Pai" é atropelado depois de pensar que ganhou a corrida à mulher. Quando dei por mim, estava a miss a olhar para mim deliciada e a rir-se também às gargalhadas. Fiquei extasiada, só me apetecia devorá-la com beijos. Isto de ser mãe é forte, pá.Não é qualquer coração que aguenta.

Ansiedade de separação

Ontem o dia foi diferente cá em casa. 
Normalmente faço umas saídas sem a Bárbara, ou porque vai mexer com as sestas dela, ou porque simplesmente não a posso levar. Sempre que posso, levo-a comigo, não para não me separar dela, mas porque ela pode ir ver outros ambientes e pessoas. Por isso, porque não? Quando não a levo, fica com os meus pais nas suas "sete quintas", e por vezes até sai com eles.
Mas ontem tive uma série de compromissos que me impossibilitaram de a levar comigo. Comecei o dia com uma consulta de um processo na Gaiurb, seguido de um almoço bem agradável, ao qual poderia tê-la levado, mas tinha consulta a seguir, e ainda uma visita a uma obra. 
Cheguei a casa, e a minha pequena estava a comer a papa. Fez o sorriso mais lindo e entusiasmado que possam imaginar, e não mais nos largámos. 
Na hora de dormir, foi um trinta e um. O pai foi adormecê-la, mas ela chorou, gritou, esperneou. Achei que podia ser útil lá em cima e lá fui ver o que se passava. Ela atirou-se para o meu colo e acalmou. Talvez tenha sentido a minha ausência mais prolongada. 
Eu gosto que ela precise e anseie por mim. E sei que é necessária a separação para construirmos a nossa relação. Mas uma coisa é saber. A outra é sentir-me à vontade com isso. 
Hoje mudámos finalmente a cama para o quarto dela, o que significa que hoje, dia em que faz os seus 9 meses, vai dormir no seu quartinho, espero que tranquilamente, como uma princesinha. Hoje, vai tomar conta do seu espaço, onde há-de brincar, dormir as suas sestas, crescer. Logo à noite, não estou à espera de facilidades. Mas até me posso surpreender. E também estou à espera que me doa um bocadinho. Se calhar até mais do que a ela. Por muito que saiba que é o melhor. Mas uma coisa é saber. A outra, é sentir-me à vontade com isso. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Planos - Parte II

Outra das minhas ambições a curto prazo é organizar o meu espaço de trabalho. Criar uma pequena workstation. Por incrível que pareça ainda não tenho poiso certo para trabalhar. E como o faço muito em locais fora de casa, também nunca foi urgente. Mas sinto falta de ter as minhas coisas reunidas no mesmo espaço. São as desvantagens de trabalhar em casa. Parece que não há limites para nada. 
Como estamos em modo low-cost, a IKEA é uma óptima solução. Andei no site a ver algumas coisas. Tudo em white, mesmo à nórdico. 






Se bem me conheço, chego lá, trago tudo em preto-castanho e acabou-se.

Planos - Parte I

Hoje acordei cheia de ideias, cheia de vontades. Todas, menos de trabalhar. Não sei se inspirada pelo sol, se pela vontade de ver a minha pequena na praia a brincar com conchinhas e pedras, só penso em férias. Férias de praia. Que já não faço há dois anos. Cá em casa, andamos com uma "fome" imensa de Algarve, de tempo irrepreensível, de calorzinho do bom. Não me venham cá com coisas, Verão seguro e digno do nome, é no Algarve. Houve um ano em que nos armámos em frescos e fomos até ao norte de Espanha, e ao fim de 5 dias estávamos em casa, corridos pelo vento frio e pela água gélida. Bonito sim, em O Grove, um marisco de comer e chorar por mais. Mas ir de férias e ficar com reumatismo é coisa que não se recomenda.
Entretanto, e para acalmar a ânsia nestes 6 meses que ainda nos separam das férias, não me importava nadinha de ter uma curta estadia nos seguintes destinos. Ora atentem.

Ericeira. Não conheço, mas estou curiosa. E tem um hotel muito giro.
Peniche. Já me disseram que era feio e que era lindo. Eu gostava de ir lá e dar um salto às Berlengas. Não sei se é muito friendly para ir com uma criança pequenina, mas também não há-de ser impossível.

Portinho d'Arrábida. Parece ser fabuloso, romântico e tuditudo.

Sesimbra. Estive lá em miúda e só me lembro de alforrecas. Gostava de tirar essa imagem da minha cabeça.

Tróia. Não sei, parece-me muito bem. Também já lá estive, de passagem e fiquei com muita vontade de voltar.

O problema destes destinos é serem longe para passar apenas um fim-de-semana. O ideal era fazer uma road trip de uma semana, quinze dias. Isso é que era. Pois era.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Back

Caríssimos, estou de volta.
Pois que no dia do nosso aniversário de casamento fui jantar com o marido, ao nosso Mar à Vista. Saí de casa a tremer de frio, mas não quis dar muita importância. Mas não consegui saborear o jantar e já só me queria enterrar pela cadeira abaixo, o que me deu a certeza de que já estava KO. Cheguei a casa com 39º de febre e com a pequena por adormecer. 
No dia seguinte, e até 6ª feira, foi um festival de febres (minhas e dela) entre os 39º e os 40º, cabeça a estourar, falta de apetite, vómitos, não faltou nada. Pais em Barcelona, marido em Lisboa durante um dia, mas cá nos aguentamos. Lentamente o apetite voltou, a febre desapareceu. A pequena está óptima, bem disposta, mexida e a comer bem. Eu, estou prestes a tossir os pulmões, e o apetite não anda lá grande coisa, mas isso também não é necessariamente mau!
Dos destroços de guerra, ficou muito trabalho acumulado, as fotos 366 atrasadíssimas!, e o sono completamente destrambelhado da pequena. Mas desta vez vou tentar não stressar, porque já basta o cansaço provocado por tentar adormecê-la desde as 22h às 3h30m da manhã. A miúda quer praticar os rebolanços, ou quer a mãe, ou quer brincar, fazer o quê? Já só suspiro pela próxima consulta na pediatra, para ver o que se deve fazer nestas situações. E se calhar está mesmo na hora de a pôr a dormir no quarto dela. Tenho cá a secreta esperança de que ela até vai agradecer. Nada melhor do que um ambiente especialmente preparado para ela e para a sua tranquilidade. O pior é que eu acho que me vai custar mais a mim. Eu é que sofro de ansiedade de separação. E está mesmo na hora. Ela já vai fazer 9 meses e acho que até se pode aproveitar esta reviravolta nos sonos dela para a ajudar a dormir bem, e sozinha.
E vou tentar tranquilizar-me e descansar bastante, porque com isto de demorar horas a adormecer a pequena, começo a ficar exausta e muito impaciente. E paciência, como sabem, é coisa que não pode faltar para criar um bebé. Toneladas de paciência, resmas de paciência.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mais um selo, mais um reconhecimento

 


Recebi este selo da Ana, que desde já agradeço muito. Este selo está a ser passado a blogues com poucos seguidores (menos de 200), com vista a aumentar o número de visitas. Bem, há umas semanas tive 200 visitas num dia e nem queria acreditar! Assim, como fico pasma quando alguém me diz que gosta de me ler, ou que vai sabendo de mim pelo blogue. Não é falsa modéstia, adoro quando me dizem isto, fico muito contente e gosto de saber que não sou a única com dúvidas, com inquietações e que há quem valorize as pequenas vitórias e as coisas boas que trago.
Para tornar a coisa mais interessante, pedem que fale de 5 aspectos da minha vida, que de outra forma não seriam conhecidos.
Então cá vai.

Primeiro. Sou muito rabujas quando tenho fome ou sono. Necessidades primárias são necessidades primárias, santa paciência.

Segundo. Quando era pequena queria ser jornalista. Pesquisar factos e escrever reportagens apaixonantes. A parte das entrevistas, em que os jornalistas são ignorados pelos políticos, e as conferências de imprensa, era dispensável.

Terceiro. Adoro os seventies. Adoro filmes do Woody Allen, adoro filmes antigos do Fred and Ginger e adoro filmes de suspense. Não thrillers, filmes tipo Bourne Ultimatum e Dossier Pelicano.

Quarto. Ainda me emociono muito quando me lembro do nascimento da Bárbara. Foi um dia memorável.

Quinto.  Roí as unhas até aos 18 anos. Um dia a minha mãe levou-me à manicure e as minhas mãos ficaram tão lindas, que nunca mais lhes pus os dentes. No entanto, nunca perdi o vício de levar os dedos à boca.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma segunda-feira diferente

Começou mal. 
O meu computador está altamente infectado, trojanado e sei lá mais o quê, e nem o teclado nem o pad funcionam. Por essa razão, não consigo publicar as photos 366 dos últimos dias. E nem trabalhar. Enquanto o meu portátil não estiver limpinho da silva, vou escrevendo do computador do marido.

E por falar em marido, hoje é o nosso segundo aniversário de casamento. 
Há precisamente dois anos, a esta hora, estava a subir a grande escadaria para entrar na igreja. Ouvi o magnífico som do órgão cá fora, a marcha nupcial (o organista era fa-bu-lo-so) e fiquei toda arrepiada e comovida e nervosa e feliz e tudo e tudo. Foi um dia muito especial, escusado será dizer. Seguido de outros dois num hotel lindíssimo a fazer nada, a descansar e a pensar na nossa ida para Paris, onde fomos muito felizes. (suspiro)
Apesar de nem todos os dias serem fáceis, e de toda esta instabilidade e crise que acaba por nos afectar e muito, de termos uma bebé pequenina que exige muito do nosso esforço, paciência e nos deixa pouco tempo para os dois, posso considerar-me uma mulher de muita sorte pelo marido que tenho.E apesar de ralhar muito (sei que sou chatinha às vezes, mas, em minha defesa, quando sou um doce sou mesmo um doce), esforço-me muito por cuidar da minha família. (Quando ele ler isto, até vai rebolar os olhos, depois vai olhar para mim e fazer olhar à Bruce Willis.)

Maneiras que hoje é dia de comemorar. E de recordar e de ter esperança no futuro. E que estes dois anos se multipliquem por muitos. Cheers!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Elementar, minha cara

Ontem à noite a Bárbara adormeceu cedo. Não dormiu a sesta do fim da tarde, e apesar de estar com uns tamanhos olhinhos de sono, tentei dar-lhe o jantar, que ela comeu, vesti-lhe o pijama, e dei-lhe de mamar. Comecei a notar que estava incomodada, parava muitas vezes e choramingava. Depois apertava a boca. Entretanto o pai já lhe tinha ido preparar um biberão para complementar a mama, mas já estávamos mais ou menos mentalizados de que ia ser o filme do costume. Usámos o que lhe comprei, porque ela já bebe bem a água por lá. Ainda o meteu à boca, mas mal tentou beber, desatou num choro, que quase me fez chorar a mim. Fiquei mesmo com pena da minha pequenina. E depois disto, acho que não restam dúvidas do que se passa. É o chato do dente que, btw, nunca mais dá as caras. Pusemos-lhe bálsamo anestesiante nas gengivas, o que a fez chorar ainda mais, e dei-lhe um supositório de benuron. Passados uns minutos, já mais calma, bebeu o leite de substituição até ao fim. Se mais houvesse, mais teria bebido. Depois adormeceu, acordou por volta das 3.30h, mamou, e só voltou a acordar (wait for it) às 8.30h da manhã, muitíssimo bem disposta e a tentar levantar-se sozinha. 
Acho que está resolvido o mistério. A pequena anda incomodada com os dentes, e por andar dorida, não bebe o leite que a satisfaria para a noite toda. Portanto hoje, estaremos de novo atentos e a postos para atacar as dores e confortar-lhe a barriguinha para ela poder dormir melhor.

Entretanto, andei a pensar um bocado nesta minha insistência em resolver o mistério das noites mal dormidas.
Se calhar fiz desta questão um cavalo de batalha, e andei demasiado preocupada. Analisando os últimas dias, as últimas semanas, tirando algumas excepções, a bebé andou sempre bem disposta, sorridente, uns dias com mais apetite, outros com menos. Normal. Mas acho que somei tantas noites quase em claro, que perdi a capacidade de avaliar correctamente a situação e a dada altura já pensava que nunca mais íamos dormir bem na vida e que os maus hábitos iam começar e que a hora de dormir ia ser traumática, e o camandro. Normal também. Mas só liguei à pediatra quando ela esteve quase uma semana sem comer. E ainda assim, dizia-me a minha mãe: "Sara, se a tua filha comesse tão mal como tu comias, já tinhas morrido de aflição". Mas não morri. Sou uma mãe normal, portanto. 
Acho que melhor é impossível.

Ai IEFP, IEFP

Acho uma piadinha do caraças ao IEFP.
Hoje de tarde (atentem neste pormenor) recebi uma carta que começa assim: 

"Exmª Senhora, 

Solicita-se a sua comparência em Av. da República bla bla bla, no dia 2012.02.09, pelas 09.30 horas, a fim de ESCLARECER DÚVIDAS." (assim mesmo, em maiúsculas, não fosse escapar-me o assunto).
Isto começa logo bem.
Por acaso, e porque recebi uma carta da Segurança Social, já tinha ido lá ontem esclarecer as mesmas dúvidas, mas quem tinha algo a explicar era o centro de emprego, não eu, e hoje ao início da tarde, ainda antes de receber a carta voltei para que me explicassem umas datas estranhas que constavam de uma declaração.
 Portanto, acho que estou safa.

Mas depois dizem assim,  "ah e tal, se não vieres cá no dia e hora que nós dissermos, fazemos e acontecemos e vais ser banida e punida e excomungada". E eu recebo a carta umas cinco horas depois do deadline.

Dá vontade de rir. Primeiro, pelo tom ameaçador com que escrevem uma carta a uma pessoa que não pode, nem nunca pôde contar com esta entidade para rigorosamente nada. Em segundo lugar, pela displicência com que mandam uma carta fora de horas a exigir que se cumpram datas.
É-de-rir.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Alegações finais

Em jeito de resposta aos comentários tão simpáticos que me deixaram no post em que me queixo das noites, tenho a dizer que desde que os sonos da Bárbara descarrilaram, tenho equacionado várias hipóteses. Aqui fica a minha análise.

A fome. Foi logo a primeira coisa que pensei. A minha filha não conseguia dormir com fome.
A Bárbara adora mamar, é completamente sôfrega, e por isso, os alimentos sólidos nem sempre foram benvindos. Inclusivamente, fazia grandes fitas a comer a sopa e cinco minutos depois procurava o peito. Entretanto a pediatra disse-me para não dar, para ela não ficar com a ideia na mamoca. E resultou.
Enquanto as refeições novas foram a minoria, tudo bem. Mas quando ela começou a mamar apenas de manhã e à noite, o caso mudou de figura. Houve dias em que comeu mesmo muito mal (sopas, papas e afins) e à noite, era vê-la mamar como se não houvesse amanhã. 
Mais recentemente, com a introdução do peixe, que ela aceitou muito bem, passou a comer bem a fruta, a sopa com carne, as papas, e agora o iogurte. Mas começaram as noites mal dormidas.
Neste tempo todo, foram raras as vezes em que bebeu leite de substituição, mas apesar de alguma resistência, bebia quando era preciso. Ultimamente não aceita o biberão. Primeiro pensei que era por ser eu a dar e ela pensar "mas porque é que esta parva não me dá o meu leitinho materno?", mas depois o marido tentou dar, os meus pais tentaram dar e o resultado foi o mesmo. Como ela mal via a tetina cerrava a boca, resolvi fazer uma experiência, para perceber se o problema era do leite, ou do biberão e tentei dar-lhe o leite às colheres. E foi assim que ela bebeu 210 ml de leite de substituição. Mas não foi isso que a fez dormir melhor. 
Ah, entretanto segui a dica da Ana, e aumentei a dose de batata na sopa e no puré de legumes. 
Posso dizer que exceptuando uma semana terrível em que ela andou com falta de apetite e a única coisa que tolerava era papa, tem-se alimentado muito bem. 
Ainda assim, ando cá a pensar se o meu leite ainda será suficiente e se ela adormece satisfeita.

Os dentes. Se atendermos aos sintomas que anunciam a chegada dos ditos, o seu aparecimento coincide com o início das noites mal dormidas. Mas já lhe tenho dado benuron, um bálsamo anestesiante, e ainda assim acorda duas, três, quatro vezes. Estica os braços, faz "mmmma, mmmma", vai toda sôfrega ao meu peito, mama uns cinco minutos e volta a adormecer. O que reforça a ideia de ser fome... não? Por outro lado, poderá o mal estar associado aos dentes durar assim tanto tempo?

Frio. Na cama dela ponho um edredon de calor intermédio, um cobertor dobrado em dois e uma colcha. Às vezes acho pouco, sobretudo se não tiver aquecido o quarto, e ainda reforço com uma manta. Mas ela destapa-se bastante, e às vezes ficava sem as meias. Depois resolvemos comprar dois ou três babygrows e assim já fica bem mais confortável e protegida. Se alguém achar isto pouco, que se chegue à frente, sim?

E é isto. Ou é uma destas coisas (ou outra de que não me esteja a lembrar), ou então (Deus me livre!), é o seu novo ritmo de sono. Já houve gente que me disse que só voltou a dormir noites inteiras quando os filhos fizeram 3 anos. Eu acho que a continuar assim, por essa altura já serei uma zombie.
Por vezes também acho que estou a ser uma drama queen. Ok, a pequena acorda muitas vezes, so what? Não é que fique horas aos berros a deitar a casa abaixo. Mas tenho saudades de quando ela dormia a noite toda, e consequentemente, eu também. Ainda agora, que vos escrevo, estou a trocar os olhos e já bocejei umas 34 vezes. Mas não sei, o meu instinto diz-me que há qualquer coisa que não está bem bem no sítio.
Vamos ver como corre hoje. Durante o dia houve muita baba, muita coisa para levar à boca, depois do banho senti-a mais quente do que o habitual, e de facto tinha febre, o que pode ser o bendito do dente. Benuron com ela e já dorme há quase duas horas. Espero que continue assim. Tranquila e descansada, que a mamã está aqui.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

...

Eu juro que já não percebo nada. 
As noites estão cada vez piores. A B. acorda várias vezes, e eu não ando a dormir bem. Ultimamente já não é como dantes, em que mal a deitava eu própria também adormecia quase instantaneamente. Agora dou voltas e mais voltas na cama e tenho visto o dia a nascer. Mas também é porque me farto de dar voltas à cabeça. Como é que uma bebé que desde os dois meses me dormia a noite toda, agora acorda de duas em duas horas? Já perguntei isto, eu sei. Mas ando determinada em perceber o que se passa.
E ontem fiz uma série de experiências todas elas dirigidas a proporcionar-lhe uma noite de sono inteira.
Apesar de só tomar café de manhã, para não afectar a mamada da noite, ontem não tomei. 
Certifiquei-me que ela se alimentava bem durante o dia. Dei-lhe de mamar à noite, bem demorado. Dei-lhe um supositório de benuron. E nada. Agitou-se toda, e passados dez minutos de mamar, tive que lhe mudar a fralda. Dúvida de mamã inexperiente, fiquei sem saber se o supositório ficou "assimilado". Depois choramingava sempre que apagava a luz. Até que adormeceu por volta da 1 da manhã. 
Devo dizer que a par destas odisseias nocturnas (ou noturnas?), os sonos do dia andam muito desacertados. Em alguns dias é muito fácil pô-la a dormir às 11.30, depois às 14.30, depois às 18.00. Noutros dias... é para esquecer. E ontem, depois do banho, que agora dou antes do jantar, adormeceu, assim, sem aviso prévio. Eram 19.00, hora de jantar. Acordou às 21.00, resolvi já nem dar o peixe e dei-lhe uma papa mais leve.
Eu não consigo perceber o que é que está aqui a falhar. Ou seja, saber sei, mas não consigo dar a volta à coisa. Tento ajustar as rotinas, experimentar, ver como é que ela se sente melhor.
Continuando a saga nocturna (ou noturna?), acordou por volta das 4 da manhã, dei-lhe mama, mas contrariamente ao costume (again...), não voltou a adormecer. E esperneava, e esperneava e choramingava. Era muito cedo para lhe dar outro benuron.
O marido (que ainda não tinha dado sinal de vida), entretanto acordou com a minha voz a tentar que ela se calasse e enervou-se logo, e eu enervei-me com ele e foi um trinta-e-um. E ela despertou de novo. Eu acho piada quando me levanto 5, 6 vezes numa noite, acendo a luz e ele não dá sinal, mas se acorda, de repente há toda uma série de medidas drásticas a tomar, às quais não acho piadinha nenhuma. Em vez de, com calma, tentar perceber o que raio se passa para a bebé não sossegar. Muito sinceramente sinto-me bastante triste com estas coisas. E desamparada. Porque não sei por onde começar, para tentar que tudo volte ao normal, se se justifica marcar consulta por causa disto, ou se espero pela consulta dos 9 meses, em Março. Mas não sei se aguento mais um mês disto.
E não há cá ilusões, por muita colaboração que haja, quem se lixa sempre é o mexilhão, que é como quem diz, a mãe. Não estou a queixar-me do meu papel, que adoro, que não trocava por nada deste mundo, mas se há coisa que detesto, é já estar exausta e insegura e ainda virem com enervanços para cima de mim. Não há pachorra. E santa paciência, a minha filha tem 8 meses. Não acredito que não durma porque simplesmente não lhe apetece. Há qualquer coisa que se passa. Sejam dentes, seja fome, seja calor, seja frio, seja o que for.
Por acaso, já bem mais tarde, dei-me conta de que ela estava com as costas transpiradas e vesti-lhe outro pijama. Deve ter dado resultado porque adormeceu. Eram 6 da manhã. Eu voltei a adormecer uma hora depois. Quando acordou deu-me o maior sorriso. God... é o melhor do mundo. E quando me lembro disso, o meu dia vai ficando, aos pouquinhos, mais e mais alegre. E até com esperança de que hoje seja um bocadinho melhor.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Versões

Para mim um exemplo em que, claramente, a cover é mil vezes superior à versão original. A letra, é qualquer coisa de genial.
A versão original, de Leonard Cohen

Cover de Jeff Buckley, que não tinha nada que ter morrido tão cedo

A letra

Well I heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do ya?
Well it goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall and the major lift
The baffled king composing Hallelujah
Hallelujah

Well Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew you
she tied you to her kitchen chair
And she broke your throne and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah
Hallelujah

Well baby I've been here before
I've seen this room and I've walked this floor
I used to live alone before I knew ya
I've seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It's a cold and it's a broken Hallelujah
Hallelujah

Well there was a time when you let me know
What's really going on below
But now you never show that to me do you?
And remember when I moved in you?
And the holy dove was moving too
And every breath we drew was Hallelujah
Hallelujah

Well maybe there's a God above
But all I've ever learned from love
Was how to shoot somebody who'd out drew ya
And it's not a cry that you hear at night
It's not somebody who's seen the light
It's a cold and it's a broken Hallelujah
Hallelujah 

Factos de um sábado #03




Estou com fome de ler.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

.



Pois é, agora a minha vida é isto. Há não muito tempo atrás, descia as escadas rolantes e ia direitinha à Zara ou à Mango, Massimo Dutti, whatever. Agora troco a Lanidor pela Lanidor Kids, e na Zara vou direitinha à roupa de criança. O mesmo se aplica à H&M, embora não seja grande fã. É sempre precisa um camisola ou um casaco, ou meias, ou um pijama. As coisas deixam de servir à velocidade da luz. 
Esta semana ando empenhada na alimentação da B. Hoje, e para meu grande alívio, a coisa encarreirou de novo. Fruta, check. Sopa, check, papa, check, farinha de pau com peixe, check, leite, check. 
Mas mesmo assim liguei à pediatra, por um lado porque passei o dia fora de casa e não sabia como estavam as modas com almoços e lanches e afins,  e porque perante a falta de apetite dela fiquei como que sem saber bem o que fazer. Deixar a miúda passar fome estava fora de questão, mas comer papa a todas as refeições, já que era a única coisa que ela tolerava por estes dias, também não me parecia razoável. E para prevenir futuras situações semelhantes, já que este é só o primeiro dente. Pois que ela me tranquilizou, e disse que poderia dar um benuron de vez em quando, aplicar o bálsamo dos dentes (a piolha detesta!), e dar-lhe o mordedor (a bendita cereja, remember?) acabadinho de sair do congelador. E que isto passava. E ao que parece, passa.
Nos entretantos descobri que a pequena delira com água. Bebe imensa, adora. Tenho-lhe dado a todas as refeições. Ora, ela não quer nada com biberons, e dar à colher demora eternidades. Gosta de beber por um copinho, mas engasga-se muito. Então comprei-lhe este biberão da Nuk, com pegas, bonitinho e tal, que há-de estar sempre com águinha da boa para sua alteza princesa de mi corazón, sorver, brincar, virar, enfim, o que lhe der naquela cabecinha linda. A ver se ela começa a ver o biberão como um amigo.
Mas eu prometo - prometo! - que para a semana vou ver roupa para mim. E sapatos. E um verniz azul escuro, estou ansiosa por comprar um. E ir à depilação. E... acho que é só. 
Por agora vou dormir, que passa das duas da manhã. Não sei porquê, mas apesar do sono tenho a cabeça a mil. Preciso de descansar que amanhã é dia de ir a obras, coisa para a qual não tenho (e acho que nunca terei) pachorra nenhuma. Mas tem que ser, e o que tem que ser tem muita força. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Oh denteeeeeeee!!!

Já o disse, a chuva concentra-me. Faz-me não pensar que não posso perder o sol lá fora, o ar de mar. O sol desencaminha-me. Por isso hoje estou em modo "busy little bee". É assim, desce em mim este espírito de levar tudo à frente. 
Paralelamente ando a lidar com a falta de apetite da minha pequenina. Há três dias que pouco come. A última coisa decente que comeu (sem ser papa), foi o primeiro iogurte. Sopa não quer, puré de legumes/ farinha de pau/ flocos de aveia não quer, iogurte não quer, e fruta não quer. A papa é a única coisa que ainda vai comendo. Se não houvesse mais do que mil indícios de que vêm aí um dente (e aparece tudo menos o dito), ficava seriamente preocupada. Assim fico só apreensiva. 
As noites têm sido péssimas, mas dorme umas sestas boas de dia, já não são de um quarto de hora. Podem dizer "ah e tal, não a deixes dormir de dia", mas eu acho que o mal-estar se instala de noite e ao menos já está mais repousada. 
Irritabilidade, não diria irritabilidade, mas antes mimo, muito mimo. Não quer ficar na cadeirinha, não quer ficar no parque, mas também não é que queira só colo, quer é companhia, atenção, conversa. Mas com mais caprichos. 
Depois as assaduras. Tem-me andado muitas vezes com o rabo todo assado, o que é estranho tendo em conta que lhe mudo a fralda amiúde e se tiver cocó vai logo de rabinho à água. 
Baba é mais que muita. Djisus, nunca vi.
Às vezes as bochechas também ficam muito vermelhas, como se tivesse estado à lareira.
Só falta mesmo o dente. Não há dente. Cadê o dente?