Ontem o dia foi diferente cá em casa.
Normalmente faço umas saídas sem a Bárbara, ou porque vai mexer com as sestas dela, ou porque simplesmente não a posso levar. Sempre que posso, levo-a comigo, não para não me separar dela, mas porque ela pode ir ver outros ambientes e pessoas. Por isso, porque não? Quando não a levo, fica com os meus pais nas suas "sete quintas", e por vezes até sai com eles.
Mas ontem tive uma série de compromissos que me impossibilitaram de a levar comigo. Comecei o dia com uma consulta de um processo na Gaiurb, seguido de um almoço bem agradável, ao qual poderia tê-la levado, mas tinha consulta a seguir, e ainda uma visita a uma obra.
Cheguei a casa, e a minha pequena estava a comer a papa. Fez o sorriso mais lindo e entusiasmado que possam imaginar, e não mais nos largámos.
Na hora de dormir, foi um trinta e um. O pai foi adormecê-la, mas ela chorou, gritou, esperneou. Achei que podia ser útil lá em cima e lá fui ver o que se passava. Ela atirou-se para o meu colo e acalmou. Talvez tenha sentido a minha ausência mais prolongada.
Eu gosto que ela precise e anseie por mim. E sei que é necessária a separação para construirmos a nossa relação. Mas uma coisa é saber. A outra é sentir-me à vontade com isso.
Hoje mudámos finalmente a cama para o quarto dela, o que significa que hoje, dia em que faz os seus 9 meses, vai dormir no seu quartinho, espero que tranquilamente, como uma princesinha. Hoje, vai tomar conta do seu espaço, onde há-de brincar, dormir as suas sestas, crescer. Logo à noite, não estou à espera de facilidades. Mas até me posso surpreender. E também estou à espera que me doa um bocadinho. Se calhar até mais do que a ela. Por muito que saiba que é o melhor. Mas uma coisa é saber. A outra, é sentir-me à vontade com isso.
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