Ontem correu bem, melhor do que eu esperava, com a little princess B.
Jantei por volta das oito. Mas o pai só chegou às nove. Às vezes estas coisas também baralham um bocadinho o esquema, para que possamos estar os dois com ela. Mas é a vida, nada a fazer.
Preparei o banho dela, foi uma diversão de salpicos, sapinhos à mistura, muita ginástica de pernas. Pijaminha vestido, e uma história contada pelo pai, e muito bem contada, com vozes diferentes, narração impecável. E ela adorou, caladinha, a sorrir, e de olho muito muito aberto.
Por fim mamou e deitei-a. Ia ser a prova de fogo. Ficou 5 minutos. Depois foi ameaçando, choramingando. Depois chorou mesmo, e eu subi. Mal me viu, abriu os braços para lhe pegar. Não o fiz, para ver se ela se acalmava sozinha. Cantei um bocadinho, mas ela lá queria saber de João Pestana, desata-me aos berros desesperados, e eu sem saber o que fazer. Se pego, estou a ceder, se não pego ela fica enervadíssima e aí é que já não dorme. Resolvi pegar-lhe, só me apetecia enchê-la de beijinhos e apertá-la contra mim. Ela acalmou imediatamente, embrulhei-a muito bem numa mantinha, apaguei todas as luzes. Nem cinco minutos passaram até ela estar quase a dormir. E nova prova: deitei-a. Ficou. Enroladinha, mole, fofinha que só ela.
Vim para baixo, trabalhei mais três horas e ela dormiu até às seis e meia da manhã. Depois, mais três horas.
Hoje, tudo se vai repetir, com pequenos ajustes. Por exemplo, prefiro dar mama antes da história, para ela arrotar tudo o que quiser e não acordar meia hora depois com um monumental arroto para dar.
Agora é esperar que as coisas corram de feição. Eu gosto de a ver tranquila e feliz. Vê-la inquieta na hora de dormir, angustia-me. É suposto ser uma hora de descanso, uma hora boa. Portanto, é nisso que vamos trabalhar.
E agora vou ali limpar um cocózito, feito de fresco, enquanto escrevia estas linhas. Espectacular.