Se não fosse o fim-de-semana na aldeia do marido, com uma lareira non-stop, castanhas assadas e sem internet, estaria hoje com um colapso nervoso, de tanta coisa que tenho para fazer.
A semana começou hoje da mesma maneira que terminou a última: frenética. Mais uma capa de livro para fazer, mais álbuns para paginar, o projecto a terminar. Assim, em catadupa. E a minha miúda a dar-me tanto que fazer. Há uma semana que me adormece fora de horas e fora da cama. Tivemos uns jantares na semana passada e não sei se foi isso que nos deu cabo do esquema, ou se ela sente o meu ritmo acelerado, apesar de com ela ter sempre toda a calma. Mas ela tem adormecido cada vez mais tarde e com cada vez mais dificuldade, e logo agora que começava a preparar terreno para a pôr a dormir no quarto dela. E o jeitinho que me davam as três horinhas entre a hora de deitar dela e a minha. Ou descansava, ou trabalhava, ou organizava as coisas. Isso por agora acabou-se. Tenho na manga umas coisas que vou começar a pôr em prática, que se calhar já devia ter feito há muito. Chamam-se rotinas. Que já havia, mas apenas para a hora de dormir. Agora vamos repensar isso para os dias inteiros. Não quero que seja disciplina militar, mas eu e o pai concordámos que é preciso haver horas definidas para as coisas. Vai ser complicado, cansativo, vai exigir de nós muita paciência e disponibilidade, mas também será benéfico para os três, sobretudo para a pequenina.
E eu vou ver se despacho esta avalanche de trabalho. Não sei bem como, recusar propostas está fora de questão. Valha-nos a minha mãe, o meu pai, a D. Teresa.
Sinto, mais uma vez, que não tenho controlo nenhum sobre as coisas, e não há nada que me deixe mais desconfortável. Porque é como ser levada por uma corrente. E preciso de um ramo, um calhau, qualquer coisa, para me segurar. Muy pronto, se faz favor.
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