quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fada do lar... ou não

Já tenho dito por aqui que não sou nenhuma fada do lar, muito pelo contrário. Tudo seria uma maravilha se me sentisse bem assim, com a desarrumação. Mas não sinto, é uma dor de cabeça. Preciso de ordem e organização à minha volta, não convivo bem com o caos, mas não sei muito bem como não o criar. Como tenho pensado bastante no assunto, chego à conclusão que é mesmo uma questão de manutenção, de persistência. Voltar a pôr no sítio o que tirei, ter sítios fixos para as coisas e ter onde as arrumar. 
Eu cedo muito ao cansaço, e apesar de cá em casa insistirmos imenso na ideia de que devemos dedicar [pelo menos] meia hora por dia à casa para uma arrumação geral, muitas vezes simplesmente não sou capaz. E sou muito do "provisório". Estou sempre a arranjar sítios provisórios, o que depois se revela muito ineficaz. Acho sempre que vou ter muito tempo e muita vontade para pôr tudo em ordem depois. Por isso não é invulgar ter a casa num alvoroço, mas como disse, não consigo estar em paz com isto.
Uma das razões é que gosto de encontrar as coisas depressa. Gosto muito de sair, de fazer programas com a minha gente e ter que ficar em casa a fazer faxina é coisa que me revolta. Mas também odeio sair e deixar a casa desarrumada. Queríamos contratar uma empregada. Mas não podemos agora, temos que nos desenrascar.

Agora que vamos ser quatro, uma das coisas que mais me aflige é a logística de uma família aumentada. A roupa em dia para todos, os produtos da bebé nova a postos, as fraldas que são reutilizáveis sempre à mão e prontas a ser usadas, e para a Bárbara as batas do infantário, a mochila preparada. 
Sinto que tenho que dedicar algum tempo a preparar-me para estas mudanças e para ser tudo rápido e fácil, dentro do possível, e que porventura facilite a ajuda da minha mãe, da empregada dela ou do Daniel, para por exemplo não terem que estar a perguntar "onde estão as molas da roupa?" e tudo o mais que queiram encontrar. 
Isto é uma coisa que já devia estar interiorizada e mecanizada, mas não está. Apenas cheguei a um ponto em que reconheço a minha incapacidade de aceitar as coisas como estão, e acho mesmo que está na altura de fazer alguma coisa. Se há tanta gente que consegue, também eu hei-de conseguir.

3 comentários :

  1. Como te compreendo. É tão chato.
    Eu também sou assim, detesto estas coisas domésticas mas também odeio o caos.
    Detesto ter de escolher entre sair e deixar tudo de pernas para o ar ou deixar de fazer o que gosto mas ter a casa em ordem (por pouquíssimo tempo sempre).
    É que isto é muito ingrato, nunca termina, acabas de limpar já se está a sujar, acabas de arrumar já está desarrumado, então as roupas...
    Mas uma coisa é certa, quanto mais de deixa andar, mais custa depois. É isso que tento fazer, nunca deixar chegar àquele ponto em que só me apetece fugir e que não há um recanto em ordem.
    Aqui são 3 contra 1. E depois queixam-se do meu mau feitio!

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  2. Marta, por muito que não deseje os meus dilemas a ninguém, fico aliviada por saber que não sou a única. Talvez ainda haja remédio para mim... :-)

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  3. Oh linda...claro que consegues.Eu sou um exemplo disso. Organização agora é comigo! Tento não deixar quase nada para o dia de amanhã e ninguém se deita em casa sem estar tudo arrumado no devido sítio...podem chamar-me obcessiva mas a verdade é que estando tudo organizado é tudo muito mais fácil! Depois a organização passa fazer parte da tua rotina! Ah...e cheguei á conclusão de que o dinheiro não é tudo...contratei uma empregada doméstica para me ajudar na lida da casa (sem sentimentos de culpa...se eu conseguia fazer isso sozinha? é claro que sim...até hoje foi assim mas a verdade é que são horas roubadas ao meu filho! E a verdade é que passas a ter outra qualidade de vida! Bjocas ;)

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