Costumava ter um pesadelo que me deixava muito incomodada. Chegava a casa e via tudo revirado. Ficava em pânico com a invasão do meu espaço e das minhas coisas.
Uma destas noites partiram-me o vidro do carro. Não havia nada mexido, não me faltava nada. Também acho que a desarrumação do meu carro desmotiva até um ladrão.
Mas, ao contrário do meu pesadelo não senti nada. E até já tratei da substituição do vidro. Continuemos.
Ontem depois de tratarmos do vidro, a caminho de casa, íamos no carro, o Daniel preparava-se para sair da autoestrada e o carro da frente fez uma guinada para a esquerda, e entretanto vimos um carro parado na estrada, à espera que alguém lhe cedesse passagem. Isto de ter uma saída logo antes de uma entrada, não faz sentido.
Com a travagem brusca que o Daniel foi obrigado a fazer, fiquei tão assustada e tão agoniada, tão mal disposta, que mal consegui jantar.
As emoções estão ao rubro. Tenho deitado uma lagrimita secreta com os momentos mais emocionantes do Masterchef Australia.
O meu lado de mãe leoa anda a sobressair. Acho que ando meia chatinha com ele. Quando perco a paciência fico mesmo danada. Quando canso, canso mesmo. Comecei a ressonar (no fim da gravidez da Bárbara também aconteceu) e isso abalou a minha autoconfiança. Não consigo (conseguimos) decidir o nome da bebé. Às vezes gosto de todos, outras vezes não gosto de nenhum.
Mas sinto-me focada, concentrada. Mas assim meia louca. Oh God.
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