quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Na corda bamba

Nunca na vida tinha pensado nisto. Em ir embora. 
Nunca fiz Erasmus, sequer. 
As viagens, para mim, eram lazer. Cultura. Lua-de-mel.
Mas estou cansada de viver assim, na incerteza.
São mais os momentos de medo, do que os de segurança.
A nossa pequena família precisa de condições para crescer. Sabemos que temos família, disposta a ajudar, a dar um tecto, se preciso for. Mas estamos a definhar em carreiras que pouco evoluem, em cada vez mais contar os tostões. Estamos cansados, e ainda somos tão novos. 
É-me difícil escrever. Estou zangada. Nem sei com quem. Acredito que vamos encontrar uma solução, que tudo se vai resolver. Que hoje é um dia de desânimo, mas amanhã será um dia de luta, de alegria de viver. Acredito que sim, espero que sim.

6 comentários :

  1. Oh linda...nós estamos no mesmo barco...tinhamos uma vida tão bonita...com uma boa qualidade de vida e agora o meu marido está sujeito a ser despedido (ele é economista e é bancário), logo agora que estavamos a pensar aumentar a família...também tenho uma família que nos apoia mas isso não é tudo...também estou tão desanimada...ele até já pensa em abrir um negócio...mas é um risco...só de imaginar o meu salário para pagar todas as contas até me sinto mal... :(

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  2. Que encontrem uma saída para esse desânimo que habita em muitos lares, que é revoltante. Força, muita força...

    Beijinho

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  3. Fico tão triste por vocês, por nós. Este estado de alma, que é de tantos, faz-me mal. Espero que esse desânimo passe.
    Beijinhos.

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  4. Sarita sabes bem o que penso sobre o assunto. Hoje comentei um post da Ana sobre o mesmo tema... Custa muito ir embora. As saudades doem. Mas p chegar é bom, e o que lá fora vives também! Vais com Portugal em ti e voltas muito mais preenchida cada vez que ca vens!! ( e com saldo bancário Lololo)!
    Vai!!! Alias vão :)

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  5. Olá, esse texto bem poderia ser meu, nunca me imaginei a emigrar, aqui podia dizer que levava a vida razoável, sem muitos apertos, com um filho, com tamanha austeridade e cortes, aumentos de bens essenciais, a incerteza e o medo do amanhã estão presente comigo diariamente, e deixa-me muito em baixo! beijinhos

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  6. Obrigada a todas pelas palavras de ânimo e coragem. Pitú, fizeste-me ficar com um nó na garganta. Mas é por falares assim que te admiro.
    Estamos habituados a pensar em sair do país quase como uma desgraça, pensamos em tudo o que deixamos para trás, que muitas vezes e cada vez mais, é uma vida já pouco digna. Mas tenho muitos exemplos à minha volta de que é e pode ser uma mudança muito boa. A todas muito obrigada, às que estão como eu, força é o que vos desejo.

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