sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010

Foi um ano muito especial, porque me casei. Como sempre sonhei, no Inverno com a pessoa mais especial que podia ter encontrado. Sim, eu sei, sou um mau feitio do caraças, mas não é por isso que o que eu disse é menos verdade. Ao contrário dos pesadelos que tinha, no dia do casamento tinha sapatos, tinha vestido, tinha o cabelo arranjado à hora do casamento. O bouquet é que já foi outra [lamentável] história. A minha mãe quase que tinha um ataque de nervos. O dia foi tão bom e por isso voou, mas foi perfeito. Foi o nosso.

Foi um ano muito difícil, porque finalmente tive coragem de admitir que preciso de mudar de rumo. Profissionalmente. Urgentemente. Mas não podia largar tudo de repente, porque tinha compromissos. E também não sabia o que haveria de fazer, como  o fazer. Ao mesmo tempo fui travando as minhas lutas internas para perceber o que me faz feliz. Deixei de ser tão exigente. Desleixei-me, pela primeira vez na vida. Mas diverti-me mais um bocadinho. 

Foi o ano em que decidimos aumentar a nossa pequena família, o que muito me fez pensar sobre isto de ser feliz. Ser feliz é um universo de muitas coisas. Pequeninas e grandes. Importantes e triviais. Algumas caem-nos no colo, pelas outras temos que lutar. É a vida. Agora vem aí alguém de quem tenho que cuidar e amar. E aqui está tudo incluído e é tão bom.

Inundada por esta felicidade, desejo a todos um maravilhoso novo Ano. O melhor possível. E um entre muitos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O seu a seu dono (continuação) - O delírio

E depois entrava lá mesmo no último minuto antes de fechar, suada e vermelha de tanto correr para pagar o precioso cêntimo. Os senhores até me ofereciam um copo de água porque eu quase desmaiava (não tinha dormido de noite, tal era a preocupação).

O seu a seu dono

Recebi hoje a última conta da água da minha ex-casa. 
Tenho a pagar 1 cêntimo.
Os senhores da água gastaram tempo, tinta e papel para enviar uma conta de (xinapá!) 1 cêntimo.
Estou tão tentada a ir lá pagar pessoalmente.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Let the shopping beggins

Zara Home

Na versão berço.
Já tinha decidido que só em Janeiro começaria com algumas compras, mas não consegui resistir aos saldos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Chamem a polícia

A minha orquídea morreu. Matei-a.

Dados estatísticos

Às 16 semanas ainda me pergunto se isto é real. Isto, de ter um bebé na barriga. Como confiar em algo que não vemos acontecer? Tenho os sinais da gravidez, e nas consultas vou confirmando que tudo está a correr bem, mas as dúvidas nunca desaparecem. Acho que é o medo que vai mantendo uma futura mãe alerta, atenta. Isto de gerar um ser tem tanto de intenso como de assustador. Mas não é mais do que a lei da vida e aí pergunto-me, como é que isto funciona: ter um filho, big deal, somos só uns sete mil milhões a viver neste mundo, mas então o que tem de tão especial? São as hormonas? É o corpo que muda, a barriga que cresce, as emoções? Se calhar é tudo. É uma vida.
Somos tão grandes mas tão pequenos. Muitas vezes pergunto-me como pode o Inverno de Vivaldi desaparecer na Via Láctea, mas esta tem 13 800 000 000 anos, sabe-se lá o que já por ali passou. 
E, sem ser aí um meio milhar de pessoas que me conhecem, quem é que neste mundo vai saber que a Sara vai ter um bebé e que isso é para ela talvez a melhor coisa da sua vida?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

It's a Girl!

Sem grandes entusiasmos, porque ainda é cedo para certezas absolutas.
Mas o médico olhou, explicou o que viu, e repetiu várias vezes: parece-me menina.
Adorámos, mas o que me deixa mesmo em êxtase é ouvir aquele pequenino coração galopante: WUSHH, WUSHH, WUSHH...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Done.

Pronto. Mudanças feitas.
Um mês a empacotar todas as nossas tralhas em caixas de cartão para sair daquela que foi a nossa primeira casa. Estranhamente (ou não), nenhum de nós teve muita pena. E agora que já não é a nossa casa, ainda nem pensei muito nisso.
Há dois anos atrás, foi a que mais nos agradou, com as grandes janelas, a kitchenette, o jardim lá em baixo, a proximidade de tudo. Mas depois, foi ficando pequena, quente, barulhenta. E fomos sentindo que aquela não era a casa que queríamos para viver. A casa é o lugar onde é suposto termos paz e sossego. Conforto e bem-estar. E já não tínhamos. Por isso tivemos que a deixar.
Apenas tenho saudades dos dias em que tivemos silêncio, e daqueles em que a enchemos com família, com amigos, com a nossa gata. Dos dias em que lá colocámos mais um móvel, mais um candeeiro, mais um vaso.
E foi lá que algumas das mudanças mais importantes da nossa vida, até agora, ocorreram.
Por isso, e apesar das muitas queixas de ultimamente, posso dizer com segurança: ali, fui muito feliz.