segunda-feira, 22 de julho de 2013

As voltas que a vida dá ou a mim sai-me tudo ao lado

Ando numa fase da minha vida em que tudo me sai ao lado. Praticamente nada me tem corrido como previsto ou como esperado. Talvez a vida me queira ensinar alguma lição, ou talvez eu seja apenas ingénua, mas neste momento sinto que tenho tido muito pouco controlo sobre o que me acontece.
Esta gravidez é prova disso.
Há cerca de um mês queixei-me da minha vesícula, que andava chata e preguiçosa. Eu já andava assim há meses, com intervalos de semanas, pelo menos desde Setembro passado que volta e meia lá andava eu nauseada e tonta. Mas quando uma mulher em idade fértil diz que está enjoada, pára tudo! Está grávida! E eu encolhia os ombros, irritada com a falta de compreensão.
Mas a ecografia abdominal não acusou nada de mais e a dieta não resultou. Continuei enjoada. De repente, todos os cheiros da casa e das pessoas me entravam narinas adentro, agressivos e intensos. Comecei a desconfiar. Logo vieram aqueles pequenos sintomas, tão próprios. O peito doía, o período não aparecia, as calças não apertavam. Fiz um teste de gravidez, e [claro] deu positivo. 
Achava eu que era tão recente tão recente, que numa ecografia não se veria mais do que uma pequena bolinha. Mais uma vez enganei-me. Já estava de 8 semanas, já se via um pequeno ser, pronto a ser medido da cabeça à cauda, com batimento cardíaco, aquele que parece um cavalgar de garanhão. Se eu disser que ficámos felizes estaria a mentir. Ficámos em choque, como que paralisados. E assustados, muito assustados.
Passadas 4 semanas, é bom imaginar a nossa família maior, passar de novo pela expectativa do que aí virá. E não falo só do sexo. Meio mundo torce pelo casal, o nosso lado prático torce pela menina, mas fora essas banalidades, queremos um bebé saudável e feliz. Imagino que tipo de irmã será a Bárbara, como vai ela receber um bebé novo, como vai ser para nós deixar de ser pais de filha única. Por outro lado, não tinha saudades nenhuma das salas de espera do obstetra, ou dos laboratórios de análises.  Fico muito tensa. Dispensava essa parte e passava já à parte gira de ter um bebé nos braços.
Depois isto de gerir uma família de quatro. Quando penso nisso mesmo, entro num pânico calmo. Se já sou desorganizada com uma, o que fará com dois. Mas o que interessa agora, aquilo que me preocupa, é que esteja tudo bem. E que corra tudo bem.

5 comentários :

  1. É isso mesmo... na maior parte das vezes parece que não temos o mínimo controlo sobre as coisas que nos acontecem... por mais planos que façamos parece que tudo se combina para sair exactamente ao lado, longe do que havíamos planeado. Mas essa também é, em parte, da beleza da vida... O que te desejo é que corra tudo bem... E acredito que vai correr sim... :)

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  2. A vida é mesmo assim, cheia de surpresas!
    O importante é serem todas surpresas boas como essa!:-)

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  3. Muitos Parabéns! É sempre boa altura para vir mais um, seja ou não planeado, a casa enche ainda mais de alegria (apesar de partilhar do pensamento que isto dos 9 meses tem mais graça no final, quando eles nascem).

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  4. Às vezes a vida decide por nós e decide bem! Que bom, que notícia tão boa de ler, desejo-vos as maiores felicidades e uma gravidez fácil, beijinho!

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  5. Não controlamos tudo na nossa vida e o meu terceiro bebé também foi prova disso. Eu também andava a fazer dieta na altura inclusive tomava umas cápsulas para emagrecer...no entanto quando soube também estava quase de 10semanas e apesar do choque inicial, aceitei o que a vida me estava a dar. Acredito que este bebé aconteceu por uma razão que talvez irei entender mais tarde. Olho para ele tão fofo e penso que ainda bem que o aceitei na minha vida. O importante é que corra tudo bem! Beijinho

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