quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A família que se escolhe

O título deste post é descaradamente roubado à minha amiga S. que fez anos. Os mesmos que eu. Partilhamos o nome e logo no início descobrimos que os números dos nossos BI's tinham a diferença de um número. O que significa que quando tínhamos uns 9, 10 anos, cruzámo-nos no arquivo de identificação, na tarde em que a minha mãe me foi buscar ao colégio para tirar o Bilhete de Identidade e soube que media 1,41m.
Conhecemo-nos na faculdade. Numa tarde de aula de desenho, o professor tardava em aparecer, começou a chover e entrámos no carro dela. Ficámos horas a conversar. A partir daí nunca mais nos separámos. Tenho poucas amigas, daquelas mesmo do coração, que sei que posso contar a qualquer altura, que estão comigo para o que der e vier. Todas me deram a mão quando precisei e todas estiveram comigo nos melhores momentos da minha vida. A S. é uma delas.
E hoje, da sua casa, tal como em outros dias em que estamos todos juntos, nem apetece vir embora. Porque nos reunimos por isto e por aquilo e porque é sempre tão descontraído. Porque estamos sempre muitos, os amigos dos amigos e acabamos as noites descalços, sentados nos sofás, no tapete, por todo o lado, a admirar os pequenotes, a rir de tudo e mais alguma coisa, a combinar saídas de gajas, e as horas passam e passam e nem damos por isso. 
O que me leva à explicação do título. Para lhe dar os parabéns, publiquei uma foto dela com a B. ao colo, no mural dela no facebook. A S. sempre teve o dom de simplificar e de dizer o que é realmente tão simples: "Somos aquela família que se escolhe".
Parabéns, querida S. É uma grande honra ter-te como amiga.


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