É ofícial. Já só tenho um número de telemóvel. E assim como já só tenho um número, gostava de ter só um endereço de e-mail. Já foi tempo em que tinha uns trezentos e vinte e quatro. Agora tenho dois, mas um deles é quase só para coisas que não interessam para nada... e é o do messenger. Também ando a separar a roupa que já não uso para dar. E a ver-me livre de papelada inútil. Sempre tive a mania de guardar tudo, para o caso de um dia precisar. Tenho coisas guardadas que já nem para recordar servem, porque nem me lembro porque as guardei. Outras, já não fazem sentido. Mas o deitar fora, perder, ver-me livre de, isso é que é um caraças. É irreversível. Se continuar a acumular coisas, um dia quando for velhinha ainda me bate a polícia à porta para me tirar de uma casa com lixo até ao tecto.
Mas começo a perceber que, para termos lugar para novas coisas precisamos de nos livrar das velhas, daquelas que já não nos servem para nada a não ser para nos manter agarrados ao passado e nem sempre às coisas boas.
Sofro da mesma patologia e apesar de, por vezes, me dar um daqueles vipes que me faz deitar fora coisas com no mínimo 300 milhões de anos, ainda fico com dúvidas se aquilo, um dia, ainda me irá fazer falta... É quase como o cão que não larga o osso, mesmo quando já não tem nada para roer... É a vida!
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