Já há muito tempo que deito a cabeça na almofada e adormeço em segundos. Era este o momento que durante muitos anos evitava, como se o acto de deitar a cabeça na almofada fosse [e não é?] um confronto comigo mesma e um daqueles que queria adiar a todo o custo.
Ultimamente, a correria dos dias e o cansaço extremo a que o meu corpo e a minha mente estão sujeitos não me permitem mais do que verificar se o alarme está a postos para a manhã seguinte, e eu acho que agradeço por isso. Durmo tranquila e profundamente [enquanto elas deixam], e creio que não é só pelo cansaço, mas porque agora, na hora de dormir não há um confronto, há um encontro, há tréguas, e sobretudo um compromisso comigo mesma: o de permitir-me descansar.
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