quinta-feira, 24 de abril de 2014

Mente sã em corpo são

Nestas últimas quatro semanas eu e a Teresinha temos ido a sessões de Massagem do Bebé, no nosso centro de saúde. No início ia a medo, não sabia se ela ia gostar, se ia deixar, se ia interferir com o sono dela, com a fome dela. Entrei na sala e tinha mais nove mães com as mesmas dúvidas e receios. Não duraram muito, a enfermeira pôs-nos logo à vontade para embalarmos os bebés, amamentarmos se fosse preciso. Talvez pela serenidade que se sentia ali, os bebés estiveram quase sempre calmos e disponíveis para a massagem. Ou talvez fossem os próprios bebés a levar a boa onda. A Teresinha adorou e criamos uma rotina engraçada nas nossas manhãs de quinta-feira: a massagem, comer, mudar fralda e adormecer no colchão. Depois mudava-a para o ovinho enfileirado com os dos outros bebés, e começava a sessão de recuperação pós-parto desta vez para as mães. 
No início do próximo mês recomeço o ginásio e por causa destas aulas já não vou a zeros na resistência. Estou muito ansiosa por isso. É mais uma actividade para fazer fora de casa, já que não pára de chover e não posso fazer caminhadas diárias. E porque além de poder recuperar a minha forma, vou ganhar a (boa) energia de que preciso. Sinto falta daquela hora que é só minha, em que ponho as ideias em ordem ou simplesmente me concentro no esforço físico ou na respiração. Ou em aguentar as dores nas pernas. Mas depois ir tomar banho e sentir-me revigorada e mais forte. Respirar fundo e agarrar o touro (que são os meus dias) pela frente. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Brandon and Leah

Tenho os meus guilty pleasures e um deles é ver o "Keeping Up With The Kardashians". Não tenho nada a dizer em minha defesa, a não ser que vim a conhecer este casal (filho e nora do Bruce, sim porque eu sei que há por aí quem veja também!) que fazem música muito cool e sunny. Ora ouçam.

terça-feira, 15 de abril de 2014

o melhor do meu dia

Foram quatro dias infernais. A Bárbara cheia de febre, daquelas filhas da mãe que não cedem, não baixam nem por nada, que fazem com que não se consiga esperar nem mais um minuto para ir ao médico. Tivemos que ir duas vezes antes de lhe diagnosticarem uma pneumonia ainda muito no início. Ao todo foram oito horas gastas no hospital. Não há sítio mais triste para se estar, nem estou a falar da sala de espera feia e pouco confortável, é mesmo das crianças que lá aguardam nos colos da mães a sofrer, muitas delas não sabem ainda dizer onde lhes dói. 
Ontem quando fomos chamadas para saber do resultado do raio-x, levava a Bárbara ao colo e o meu coração muito apertado. Acho que nunca tinha sentido assim tanto medo por ela. Hoje acordou melhor, cheia de si, cheia de mimo, e já com algum apetite.
A Teresinha aguentou-se muito bem sem tanta atenção minha, continua serena e risonha. Cada vez interage mais connosco, e com a irmã é delicioso de ver. Mal posso esperar para as ver brincar. E brigar, mas mesmo assim serem irmãs cúmplices e unidas. 
Não temos ainda muitas fotos das três, ou dos quatro. Esta foi assim em pura descontracção. Depois da tempestade, não podia haver melhor ilustração do que esta, para a nossa bonança.


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Qualquer semelhança será pura coincidência



Belle and Boo. A minha B. E o tema da festa do seu aniversário está escolhido. Easy breezy.

E o que acontece quando percebemos que não somos perfeitas?

Deixei a Teresinha um par de horas com a minha mãe para poder dar um jeito às coisas. Mal entrei em casa sentei-me aqui. Preguiça? Não. É que precisava mesmo de parar para pensar. Here goes nothing.

Apesar de o caos estar definitivamente instalado na minha casa, felizmente não o posso dizer da nossa vida porque já temos as nossas rotinas de família de quatro instaladas, mesmo que delas façam parte momentos em que duas crianças choram (aos berros) ao mesmo tempo. E nisto já nos vamos sentindo à vontade. Embora às vezes sinta que não controlo rigorosamente nada, nem um único minuto do meu dia, a realidade é outra. A tábua de engomar instalada no meio da sala continua a ser incomodativa, irritante até. Mas se nessa mesma sala conseguir sentar-me por algum tempo a brincar com a Bárbara, a falar com ela, se na parte do sofá que não está ocupada por roupas/fraldas/toalhitas/mantinhas e chupetas, conseguir deter-me com a Teresinha, ou a falar com o meu homem, julgo que o mais importante está feito. Por outro lado, é-me muito difícil engolir este sapo: não ser capaz de tudo. De ir para a cama com a cozinha a brilhar, de nunca ver um grão de pó. Mas há que ver mais além. Há uma vida para viver, uma família para cuidar. E de mim. O mais difícil é sempre o equilíbrio, digo-o sempre, mas não é que o reconheça verdadeiramente. Passar tempo com a minha família, ou a descansar não faz de mim uma preguiçosa, assim como ter a casa impecável não faz de mim uma boa mãe ou mulher. Não se o facto de não o conseguir me deixar de semblante carregado e mal humorada e indiponível. Tenho que dar a mão à palmatória. Se fosse eu (e não o meu marido) a chegar a casa e dar com uma pessoa no auge da impaciência, incapaz de esboçar um sorriso, sempre aflita e amargurada com as lides domésticas, eu só quereria dar meia volta e sair pela mesma porta por onde entrei. 
E depois, tudo isto é de uma pessoa narrow minded. A casa, a casa, a casa, A CASA, pelo amor da santa, que se lixe a casa. É, eu farto-me de mim própria. O meu homem diz-me às vezes "Sai dessa!" e é mesmo isso que eu quero fazer. Pelo meu bem, pelo dele e pelo das minhas ricas filhas. Eu sei que a minha família e os meus amigos, aqueles que o são verdadeiramente, vêm cá a casa jantar na mesma e não se importam com as migalhas no chão, ou com os brinquedos espalhados. Ainda que eu me importe, por vezes (ok, sempre) demais. Talvez esteja na hora de realmente perceber a coisa: tenho duas filhas pequenas, não tenho empregada (nem irei ter tão cedo) e tenho uma vida para viver. Uma que de preferência não seja passada a dramatizar com panos de cozinha.