segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mãe polvo

Nós mães, queremos dias de 30 horas, mais dois pares de braços, e mesmo assim nunca conseguiríamos sentir-nos totalmente satisfeitas, apesar de irmos pelo centro comercial com a criança numa mão, o carrinho de bebé carregado com o saco das fraldas, o saco das compras, a carteira, o casaco na outra, e sabermos sempre do telemóvel, da chupeta e da chave do carro. Apesar de serem horas de fazer o jantar e fazermos a nossa filha feliz porque estamos no chão do quarto a fazer puzzles, a contar 4 vezes o "Coração de Mãe", e 6 vezes a história da Branca de Neve, enquanto entretemos a mais nova na espreguiçadeira, que palra e ri e palra e ri. Apesar dos malabarismos com horas de deitar, de amamentar, de tentar parar, um minuto que seja, só para ir num instantinho à casa-de-banho. 
Nós mães, queremos dias de 30 horas e mais dois pares de braços e nunca estamos satisfeitas, porque nos esquecemos do coração gigante que nos bate no peito. E é isso que tudo move.           

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