quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dados estatísticos

Às 16 semanas ainda me pergunto se isto é real. Isto, de ter um bebé na barriga. Como confiar em algo que não vemos acontecer? Tenho os sinais da gravidez, e nas consultas vou confirmando que tudo está a correr bem, mas as dúvidas nunca desaparecem. Acho que é o medo que vai mantendo uma futura mãe alerta, atenta. Isto de gerar um ser tem tanto de intenso como de assustador. Mas não é mais do que a lei da vida e aí pergunto-me, como é que isto funciona: ter um filho, big deal, somos só uns sete mil milhões a viver neste mundo, mas então o que tem de tão especial? São as hormonas? É o corpo que muda, a barriga que cresce, as emoções? Se calhar é tudo. É uma vida.
Somos tão grandes mas tão pequenos. Muitas vezes pergunto-me como pode o Inverno de Vivaldi desaparecer na Via Láctea, mas esta tem 13 800 000 000 anos, sabe-se lá o que já por ali passou. 
E, sem ser aí um meio milhar de pessoas que me conhecem, quem é que neste mundo vai saber que a Sara vai ter um bebé e que isso é para ela talvez a melhor coisa da sua vida?

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